sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Há 35 anos - "operação Narceja"


"Operação Narceja 29" - 27 NOV. 1973 - Grupo de combate Lobo - Nomadização na margem sul do Rio Luchímua, na região do Rio Chitembuela, com montagem de emboscadas, por 4 dias.
"Operação Narceja 30" - 28 NOV. 1973 - Grupo de combate Lince - Nomadização na região do Rio Luchímua, Rio Lissimba e Rio Nalange, com montagem de emboscadas no Rio Luchímua, por 3 dias.
História da C. caç. 4242

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Actividade operacional da C. Caç.4242


Actividade operacional – Operações relevantes

“Napoleão 21” – 01NOV.1973 – Nomadização na região do rio Matonge, rio Mecutira, rio Minhange, com emboscadas, por 4 dias.

“Napoleão 22” – 02NOV. 1973 – Nomadização na região da serra Samba e serra Iapane, com montagem de emboscadas na fronteira do Malawi, por 4 dias.

“Napoleão 23” – 05NOV.1973 – Nomadização na zona do rio Lugenda e rio Luchimua, com montagem de emboscada no rio Luchimua, por 4 dias.

In “História da C. Caç. 4242”

terça-feira, 18 de novembro de 2008

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Reviralho

A maré legislativa repressiva do Estado Novo culminou numa lei de 1936 que mandava os funcionários públicos assinar uma declaração de repúdio ao Comunismo, medida que abrangia também os professores primários.
Outra determinação oficial de Novembro de 1936 proíbia as professoras primárias de casar sem autorização do Ministro da Educação.
O mesmo decreto estabelece ainda que “Será demitido o funcionário pertencente aos serviços do ensino primário que dê escândalo público permanente ou assuma atitude contrária à ordem social estabelecida pela Constituição Política de 1933”.
Salazar advertira: “Eu tenho os olhos abertos e pulso firme”. O Ministro da Educação afirma em 1937: “De ora em diante não haverá nas escolas portuguesas nem um professor nem um aluno comunista.”
As autoridades escolares reprovavam “a exibição escandalosa de pinturas faciais” às professoras primárias. Contraditórias eram as chamadas de atenção do Ministro da Educação para aspectos tão pessoais quanto a compostura e trajes das professoras: “Não são autorizadas pinturas algumas às professoras (...)”
Artigo da autoria do director deste blogue
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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Operação Mucossola

"25JUN1974
Tive conhecimento, através de um Guarda Rural do Mezito, que se encontrava na picada, perto do Rio Lissimba, um elemento da População Armada da aldeia de Mucossola, gravemente ferido por um grupo inimigo da Frelimo.
Chegámos a Mucossola onde nos foi relatado que quatro elementos deste aldeamento, quando se dirigiam para a aldeia de Muhimua e já muito perto do rio Lissimba, foram capturados pelo inimigo. Um dos elementos da População tentou a fuga, tendo sido atingido no ventre, entrando o projéctil pelo lado direito e saindo pelo esquerdo. "
In História da C. Caç. 4242

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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Actividade operacional da C. Caç . 4242


Operações relevantes:
“Napoleão 21” – 01NOV.1973 – Nomadização na região do rio Matonge, rio Mecutira, rio Minhange, com emboscadas, por 4 dias.
“Napoleão 22” – 02NOV. 1973 – Nomadização na região da serra Samba e serra Iapane, com montagem de emboscadas na fronteira do Malawi, por 4 dias.
“Napoleão 23” – 05NOV.1973 – Nomadização na zona do rio Lugenda e rio Luchimua, com montagem de emboscada no rio Luchimua, por 4 dias.
In “História da C. Caç. 4242”

domingo, 2 de novembro de 2008

EPISÓDIOS DA MINHA MISSÃO EM ÁFRICA

EPISÓDIOS DA MINHA MISSÃO EM ÁFRICA É o título do livro escrito por D. Eurico Dias Nogueira, Arcebispo Primaz, primeiro Bispo de Vila Cabral (1964-72), segundo e último de Sá da Bandeira (1972-77).
Iniciou as suas funções como 1º Bispo de Vila Cabral em 06/09/1964. A última parte do trajecto em direcção a terras do Niassa foi feito de comboio desde Nampula até ao Catur, uma viagem de 600 km, interminável, como explica D. Eurico na pag. 17.
D. Eurico Dias Nogueira teve muitos contactos com dirigentes da Frelimo, nomeadamente com Sebastião Mabote, na altura Comandante da base geral do Catur e, após a independência, vice-ministro da Defesa e Chefe do Estado Maior das Forças Armadas de Moçambique.
Relata D. Eurico na pág. 48 que “um chefe guerrilheiro enviara um bilhete a um cantineiro-agricultor dos arredores, combinando um encontro e pedindo para se fazer acompanhar de um conhecido e muito popular Chefe de serviços e também do Bispo, ou seu representante.”
Num assalto de comandos a uma base da Frelimo, na província do Niassa (pág. 49) foram encontrados documentos, entre eles uma carta dirigida a um tal “BX”, que a PIDE tinha a certeza tratar-se de D. Eurico. Nessa carta pedia-se novo encontro com as referidas duas pessoas e o Bispo, ou seu delegado.
A pide investigou esta carta, através de destacado terrorista da Frelimo, Subchefe da Zona B, distrito de Mandimba.
Não se sabe os meios que a Pide utilizou para obter estas informações: “O Bispo vem mantendo contactos directos com dirigentes da Frelimo desde 1966.”
É provável que a carta a que nos referimos seja a que D. Eurico publicou nas pp. 81 e 82 do seu livro, valendo a pena citar na íntegra: “Senhor Bispo de Vila Cabral, desde há tempos que desejo ter uma conversa pacífica com você. Mas não tenho conseguido porque a tropa fascista, colonialista e imperialista de Salazar não me permite tranquilidade nessa sua área. Mas se você indicar uma base de segurança, eu enviarei um emissário para combinar o encontro. Entretanto, para prova do seu espírito internacionalista, mande pelo portador um garrafão de cinco litros de vinho, para festejarmos o próximo aniversário do início da nossa luta.
Independência ou morte venceremos.
O Comandante da base geral do Catur,
Sebastião Mabote.
Em Moçambique, o bispo teve a preocupação de criar um bom entendimento com as comunidades muçulmanas, dominantes na região.
A chegada do novo bispo a Vila Cabral começou com um conflito com as autoridades. Como ele conta no livro Episódios da Minha Missão em África, o governador local mandou chamar o novo bispo, mal ele chegou à cidade. Mas D. Eurico negou deslocar-se ao gabinete do governador: “É aqui, nesta modesta habitação, que espero ter a honra de receber o senhor governador”, respondeu ele ao emissário.
O episódio foi um entre vários incidentes com as autoridades coloniais, que lhe valeram a acusação de ser comunista – quem não era a favor do regime, era comunista, como o próprio Bispo recordava a propósito dessas acusações. O Bispo avisava que não estava em Vila Cabral para “tomar café com os ‘grandes da terra’ e chá com as respectivas esposas”.
D. Eurico queixava-se da sistemática violação da correspondência, apercebendo-se que as suas cartas, via postal, tanto as expedidas como as recebidas eram violadas pelos agentes da Pide
O Bispo de Vila Cabral também tinha medos. Numa viagem de táxi aéreo para Mandimba, junto ao Malawi, ao aterrar, já a baixa altitude, “sentimos forte estremeção, que julguei ser causado por um golpe de vento. Em terra verificámos que houvera o impacto de um projéctil, furando uma asa”.