segunda-feira, 30 de março de 2009

A Viagem

A Viagem para África começava muito antes do embarque.
O processo que levava um jovem até Angola, Guiné ou Moçambique iniciava-se habitualmente logo após o final da instrução da especialidade. Para um atirador, e tanto fazia sê-lo de infantaria, cavalaria ou artilharia, após ser dado como pronto vinha a ordem de mobilização. O caso mais vulgar e típico era o de o militar pertencer a uma companhia e esta a um batalhão. A ordem de mobilização originava a guia de marcha para a unidade mobilizadora. Aí se juntavam os militares vindos dos vários centros de instrução, os graduados e os comandantes. A companhia e o batalhão já tinham um número de código atribuído e, aos poucos, surgiam os especialistas diversos, os condutores, transmissões, enfermeiros e cozinheiros, de modo a que se preenchesse o quadro orgânico respectivo. Enquanto se formava a unidade, realizavam-se os exercícios de instrução - IAO, a instrução de aperfeiçoamento operacional -, com os conselhos sobre o que fazer em África para sobreviver. Recebiam-se as vacinas, o camuflado e, por fim, a unidade estava pronta. (...)