sábado, 11 de dezembro de 2010

Chegada a Moçambique

Toda a C. Caç. 4242 foi apresentada na Beira às 11,30h do 29NOV.1972, onde permaneceu até às 09,30h do dia 01DEZ.1972, data em que marchou para Nampula, por via aérea, nos aviões fretados da DETA, onde chegaram às 12,00h do dia 01DEZ.1972. De Nampula seguiu esta C. Caç. para o seu destino: MANDIMBA, onde chegou às 21,30h do dia 02DEZ.1972, rendendo a CART. 2764, o que se efectivou às 05,00h do dia 03DEZ.1972.
Fonte: História Oficial da Companhia

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mensagem do Simas

Simas enviou o seguinte comentário sobre a publicação Uma Estória Que Não Aconteceu: "Amigo Almeida,
Ainda não li bem mas respondo-te rapidamente.
A descrição, pelo menos quanto ao local e à chacina, é falsa.
De resto a História da nossa CCAÇ, que até registava os percursos de chegada dos médicos, não deixaria passar tal acontecimento que como sabes não consta lá.
Julgo ter ouvido falar numa cena parecida mais para cima para o Rovuma mas sem chacina.
Um abraço amigo."

Mensagem do Azevedo

Azevedo enviou o seguinte comentário sobre a publicação Uma Estória Que Não Aconteceu:
"Falsidade pura. O que se passou realmente, foi a ocorrência da morte de dois camaradas, quando regressavam do Monhahery para Mandimba e também de um curto encontro havido com alguns elementos da Frelimo, no largo do Chipa, junto à tasca do Régulo, com uma ligeira passagem pelo Quartel em Mandimba, suponho!...
Nas duas situações estive presente, na primeira como chefe da seccção das evaquações e na segunda, como membro destacado pela Compenhia para o efeito. De resto, nós regressamos de boa saúde em coluna militar até Nampula, onde até tivemos a companhia do velho Cassiano (cantineiro)com o seu toyota, depois de termos feito entrega do quartel à PSP, na pessoa do subchefe que na altura comandava a secção. Eu até gostava de visitar a Mandimba de agora!...
Abraços do Azevedo".

domingo, 7 de novembro de 2010

Pôr do Sol em Mandimba 1972/74

E o 25 de Abril tão perto...

29MAR1974 - Pelas 11,00 horas foram detectados dois engenhos explosivos: uma mina A/C [anti-carro] e outra A/P [anti-pessoal], na região coordenadas 1416,5.3612. O grupo inimigo estimado em 6 elementos, terá accionado engenho explosivo A/P, tendo deixado rastos de sangue na direcção SW-NE. Duas secções "GATO" que tomavam parte na acção 208, levantaram o referido engenho explosivo, tendo prosseguido a missão inicial. As NT [nossas tropas] do grupo de combate "GALO" patrulham a picada entre as zonas de Chipa e Minhomar. O grupo de combate "RATO" procede a buscas no local, iniciando a perseguição até ao limite da nossa ZA [zona de acção].
História oficial da C. Caç. 4242/72

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mensagem do Azevedo

Azevedo enviou uma hiperligação para o blogue:

"Parece-me que o Mecanico era 1º. cabo GE, ou será que estou enganado? Fui eu que conduzi o furriel enfermeiro Simão ao local onde foi mordido, junto à sua habitação, na tentativa de o tratar, mas já era tarde.
Abraço Azevedo."

Está correcto, Azevedo.
Pag.35 da história da companhia: [Março de 1973] 1. GRADUAÇÕES/TRANSCRIÇÃO - Que por despacho de 1 JAN.1973, foram graduados em 1º CABO GE os seguintes soldados GE, do GE 401:
- Sold GE - 1151/72 - MECANICO GUDOSSONE
- (....)

sábado, 7 de agosto de 2010

Mensagem do Azevedo

Azevedo enviou uma hiperligação para o blogue:

É período de férias, eu sei. Por isso, vivei a época da melhor forma, aproveitai o tempo, pois os sessenta, para uns já são uma realidade e para outros, essa realidade está para breve.
Abraços do Azevedo.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mensagem de Helder Guerra

Bom Dia, Sr. Almeida
Envio a foto do Grupo do vosso convivio na Serra da Freita, conforme prometido, para o vosso site.
Cumprimentos
Helder Guerra

domingo, 11 de julho de 2010

Moçambicando

PESCARIAS
Pescaria Cardoso, Pescaria Cassiano, etc, - nomes familiares de possessões piscatórias junto ao lago Amaramba, sinais dos tempos de exploração dos cidadãos africanos em tempos que já lá vão. [Veja no Google]

CERVEJA 2M

Em 1875, Mac-Mahon, enquanto presidente de França, decidiu a favor de Portugal numa contenda com a Grã-Bretanha no que se refere à posse da região sul de Moçambique.
Este viria a dar o nome a uma marca de cerveja tão popular em Moçambique e tão querida dos militares: 2M [Mac-Mahon]

BAILARINA
Era o nome de uma mina anti-pessoal – nome técnico M2A4? – que os militares portugueses da guerra do Ultramar bem conheciam. Quando accionada, levantava-se do solo até à altura aproximada de 1 metro, rodopiava (bailava, daí o nome popular) e estilhaçava em seguida, provocando lesões fatais.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Mensagem do Azevedo

Azevedo enviou uma hiperligação para o blogue:

Ontem [26/06], no restaurante Mira Freita, em Felgueira-Arões-Vale de Cambra, a Caç. 4242 esteve de novo reunida. Parabéns ao Vigário pela boa organização, no seu próprio restaurante. Para o ano, na Vila da Ponte da Barca, restaurante do ex. cabo Costa, vamos ter nova oportunidade de reunir.
Abraço do Azevedo.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

"Deixem-me ao Menos Subir às Palmeiras" [1972]

"Não será exibido em Moçambique o filme 'Deixem-me ao menos subir às palmeiras', realizado pelo jovem Lopes Barbosa com base no conto 'Dina', de Luís Bernardo Howana. A obra exigiu cerca de ano e meio de trabalho e um investimento que roçou os 300 contos". Courinha Ramos, o produtor, "foi 'aconselhado' por certa entidade a não submeter, sequer, o filme à censura, já que se tratava de 'matéria indesejável'". Jocosa, a notícia dava conta que o realizador "regressou à Metrópole, onde pensa dedicar-se à criação de galinhas". Nada saiu.

“Expresso”

"Numa grande fazenda em Moçambique, um capataz negro, agente e lacaio do colonizador, submete os nativos a penosas e infidáveis horas de trabalhos forçados, no cultivo das machambas, que muitas vezes só terminam com o desfalecimento dos mais fracos.

Certo dia, o capataz viola Maria, a filha de Madala, trabalhador ancião, tendo de enfrentar a fúria dos camaradas, que incitam o velho à revolta. Mas, Madala mostra-se incapaz, após anos de exploração, e aceita a ultrajante oferta duma garrafa de vinho do seu ofensor, acabando por cair por sucumbir ao desgosto."

Extraído do site http://guerracolonial.home.sapo.pt/

sábado, 19 de junho de 2010

Operação "Nafta"

"NAFTA 15" - 09 SET. 1973 - Galo
Patrulha rio Lussangasse, com batida ao monte Belapali, por 4 dias.

"NAFTA 21" - 19 SET. 1973 - Rato
Nomadização na região entre os rios Licono e Ritande, por 4 dias.

"NAFTA 22" - 20 SET. 1973 - Galo
Batida da serra Sheculo, com montagem de emboscadas no trilho Muambico, rio Nacara e rio Uncuola, por 4 dias.

In História oficial da C. Caç. 4242

domingo, 13 de junho de 2010

Terras do Fim do Mundo

  1. Niassa significa lago em língua cinianja. O Niassa é uma das regiões mais selvagens e remotas do mundo. Nós que por lá andámos bem o sabemos. O calor picava mais que os mosquitos no corpo naquelas terras do fim do mundo.
    Quando Livingstone, o primeiro ocidental que desbravou aquelas paragens, no sec. XIX, pisou as terras vermelhas do Niassa, percebeu estar em solo especial e relatou: A levante do lago Niassa, lá onde os rios Rovuma e Lugenda confluem, estão as terras do fim do mundo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mensagens do Dias

Joaquim Dias da C. Caç. 4153 enviou o seguinte comentário em relação ao tema "guerra subterrânea":
Olá camarada de armas.
Tudo o que escreveu é verdadeiro.
Eu Fui furriel com o curso de minas e armadilhas estive em Nancatari perto de Mueda e sei bem o que essas malditas minas representam.
Rebentei várias dezenas e vi um soldado a morrer por causa de uma mina anti-carro na picada de Nancatari Muirite, e também 8 soldados a ficarem gravemente feridos.
Para finalizar tenho a acrescentar que já depois do 25 de Abril,tive que rebentar todo o paiol da companhia.
Um grande abraço a todos os camaradas de armas.
FURRIEL MILIC.DIAS C.CAÇ.4153

Joaquim Dias da C. Caç. 4153 enviou o seguinte comentário em relação ao tema "Uma história quase real...":
Olá camaradas de armas.
Sou antigo combatente, não faço parte da V,Companhia.mas estou aqui apenas a confirmar que o que foi descrito era pura realidade,pois passou-se comigo.numa coluna entre Nancatari e Muirite em cabo delgado perto de Mueda.
O morto que tivemos vitima de uma mina anti pessoal ficou todo desfeito e uma perna e um braço,nunca mais apareceram nem a sua g3.chamava-se Sitola e era africano porque a nossa companhia era mista.
Um grande abraço para todos os ex combatentes.
FURRIEL MIL,DIAS C.CAÇ.4153

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Operação "Nabiça"

"Naifa 14" - 01AGO1973 - Lobo
Nomadização na região de confluência entre o rio Luchímua e o rio Chitembuela, com montagem de emboscadas por um dia e início da Operação "Nabiça 8": nomadização na região entre o rio Luchímua e o rio Lissimba, com montagem de emboscadas no rio Luchímua, por 4 dias.
"Nabiça 9" - 05AGO1973 - Cobra
Nomadização na região da serra Scheculo, com montagem de emboscadas no rio Luchímua, por 4 dias.
"Nabiça 10" - 07AGO1973 - Lince
Nomadização na região Csheculo, com montagem de emboscadas no rio Luchímua e trilho Muambico, por 4 dias.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

25º encontro da C. Caç. 4242

Caros companheiros
Este ano o encontro dos ex-militares da C. Caç 4242 realizar-se-á na serra da Freita, no dia 26 de Junho próximo.
Apontem nas vossas agendas esse dia mas aguardem instruções e convocatória, (a chegar às nossas caixas do correio no início do mês de Maio), do nosso companheiro António Joaquim Vigário.
Um abraço.
Até breve.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Flor do Congo ou Micose


À denominada “flor do congo”, uma flor verdadeira que dura muito, contrapõe-se outra que porventura só os militares conhecem; é uma doença de pele - micose - que ataca as virilhas e partes genitais, fruto do suor acumulado por longas caminhadas e dormidas no mato sem possibilidade de tomar banho. É mais uma das muitas sequelas que muitos carregam para o resto da vida.
Era deveras confrangedor assistir ao martírio daqueles rapazes, a arrastarem-se penosamente durante as desgastantes operações no mato, muitos deles com a zona inguinal em sangue.
Em Angola era conhecida por "flor do congo"; em Moçambique a palavra generalizada era "micose". O antídoto - à falta de melhor - era a tintura de iodo, mas o Simão enfermeiro deve saber melhor que nós, leigos nesta matéria.
Força Simão, dá a tua opinião.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Mensagem do Manuel Ferreira Pereira

Manuel Ferreira Pereira (gaiolas) enviou uma hiperligação para o blogue:

"Olá camaradas.
Estive a ver as fotos e vídeos do blog!
Um grande abraço do vosso camarada de luta Gaiolas!!! "

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Médicos da C. Caç. 4242/72

11 FEV.1973 - Alferes Miliciano Médico - 05194366 - Francisco José Viana Ganhão:
Vindo do DGA/Lisboa, nos termos do Dec. 49 107, de 1969, apresentando-se no Dep. Term/Beira, em 15 JAN. 1973, marchando em 08FEV.1973, por via aérea, deste para Nampula. Chegou a 08 FEV. 1973, saindo [para Mandimba] a 10 FEV. 1973.

Marchou desta C. Caç. para Nampula, em 16 FEV.1973, a fim de se apresentar no Hospital Militar de Nampula, onde recolheu, o:
Alferes MIliciano Médico - 03094665 - José António Freitas Schneeberger de Ataíde.

21 JUL. 1974 - A fim de prestar serviço clínico, apresentou-se o militar:
Alferes Miliciano Médico - 06788866 - António Guilherme Morais de Sá, vindo de Entre Rios.
Por ter terminado o serviço clínico que viera desempenhar, marchou desta C. Caç. para Entre Rios, o militar:
Alferes Miliciano Médico - 06788866 - António Guilherme Morais de Sá.

domingo, 4 de abril de 2010

Mensagem do Azevedo

Azevedo enviou uma hiperligação para o blogue:

"Boa Páscoa para todos. A seguir virá o nosso convívio,lá para os lados de Vale de Cambra, estou certo? Até sempre, camaradas da 4242.
Um abraço do Azevedo."

quarta-feira, 24 de março de 2010

Nanico III - Operação Minhomar [Minhamar]

NANICO 63 – 13MAI.1974 – LOBO
Nomadização entre os rios Minhange, Mecutira, Matonge e Lugenda com montagem de emboscadas no rio Minhange, em possíveis locais de passagem do inimigo, por 5 dias.
NANICO 64 – 15MAI.1974 – LINCE
Nomadização entre os rios Mapulázia, Luchímua e linha do Caminho de Ferro e nascente do rio Lissimba, com montagem de emboscadas no rio Luchímua, em locais de possível travessia do inimigo, com batida do monte Mecongo, por 5 dias.
NANICO 65 – 17MAI.1974 – COBRA
Nomadização entre os rios Namavara, Chitembuela, Luchímua e monte Lussange, com montagem de emboscadas no rio Luchímua, em possíveis locais de travessia do inimigo, por 5 dias.
NANICO 66 – 20MAI.1974 – LINCE
Patrulha moto até ao Minhomar, seguido de nomadização entre os rios Matonge, Mecutira e monte Mecolume, com montagem de emboscadas no rio Minhange, em possíveis locais de travessia do inimigo, por 5 dias.
NANICO 68 – 24MAI.1974 – COBRA
Patrulha moto até Mucossola, seguida de nomadização entre os rios Lisssimba, Mapulázia e Luchímua, com montagem de emboscadas em possíveis trilhos de passagem do inimigo, por 5 dias.
Fonte: História oficial da C. Caç. 4242/72

Consulta a imagem abaixo procurando descobrir alguns lugares assinalados nas operações descritas

Exibir mapa ampliado

sábado, 20 de março de 2010

Operação Namicoio Velho

01JAN.1974 -
Objectivo da missão: Patrulhar e abrir picada entre Mandimba - Colonos - Namicoio [Velho] com interesse para o lançamento das nossas tropas naquela região.
Saímos cerca das 05 horas do dia 31 DEZ 1973; por volta das 08 horas e chegados ao local coordenadas (3538.1410), foi detectado algo implantado na picada. Concluímos tratar-se de um engenho explosivo - M/AC [mina anti-carro] TM-46 de origem jugoslava.
Levantámos e neutralizámos a referida mina, continuámos a picagem sem detectarmos quaquer outro sistema explosivo.
Empreendemos o regresso ao quartel de Mandimba por volta das 18 horas.
Fonte: História oficial da C. Caç. 4242/72
Clique na foto (enviada pelo Castro que mora na Trofa) à esquerda para ampliar e digam-me qual é o militar aprumado que procede à neutralização de uma mina A/C de origem Jugoslava (ou americana).

quinta-feira, 4 de março de 2010

Uma Confidencial

- Clique na imagem para ampliarPag. 154 do Livro As Mentiras de Marcelo Caetano - Agência Portuguesa de Revistas - Pelo Cor. A. Cruz e V. Rosa

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Mensagem do director do blogue

Director do blogue enviou a seguinte nota:

"A resposta ao Azevedo deverá ser dada pelo ex-militar que comunicou como anónimo.
Um abraço a todos os C. Cac. e leitores em geral.
Só desta forma poderemos manter a chama que nos une."

Mensagem do Azevedo

Azevedo enviou-lhe hiperligação para o blogue:

"Pedido de informação: O ex. militar da 1601 ao serviço da 1598/Mandimba, em que ano cumpriu a comissão? É que, em Vieira do Minho, há alguns ex. camaradas que por lá passaram e suponho que por essa altura.
Abraço do 4242/Azevedo"

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Mensagem

"Também eu estive em Mandimba e ajudei na Construção do Quartel; embora pertencesse à comp. de Cavalaria 1601 foi com a 1598 que passei o meu maior tempo em Mandimba."
Um Abraço

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Mensagem do Rui

Lá são elefantes que perigam os actos democráticos. Cá votamos para criarmos "elefantes brancos"...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Mandimba - Elefantes impedidos de votar

"O PROCESSO de votação ocorrido ontem [28OUT. 2009] no país, no quadro das eleições gerais, foi fértil em episódios. Curiosos e inéditos. Porém, o mais bizarro de todos há-de ser aquele ocorrido no distrito de Mandimba, a cerca de 150 quilómetros da cidade de Lichinga, onde pelo menos nove elefantes quase que inviabilizavam a votação numa assembleia local.

Este insólito começou a desenhar-se cerca das 3.00 horas de madrugada de ontem, quando os camponeses detectaram um movimento estranho na zona. Volvido algum tempo o alerta já se espalhava em todas as comunidades. Afinal um grupo de elefantes tomara a estrada principal e dirigia-se, descontraído, em direcção à aldeia de Mepapa, por sinal onde devia funcionar uma assembleia de voto.

Surpreendidos com a presença de “estranhos convivas”, ainda por cima sem cartões que no mínimo os identificassem com a festa em perspectiva, os eleitores que já se encontravam no local, e outros que ainda se dirigiam àquela assembleia, outra escolha não tiveram que não debandar.

Após a fuga dos eleitores humanos dos membros da assembleia e até dos elementos da segurança, um dos paquidermes ainda teve a “curiosidade” de chegar próximo de uma das mesas de votação, como que para “consultar” os cadernos. Felizmente, não há registo para qualquer vítima humana nem danos nos materiais de votação.

Alertados sobre a indesejável presença, as autoridades em Mandimba tomaram as necessárias providências enviando uma equipa especializada do Departamento de Fauna Bravia para lidar com os “intrusos”. Aliás, foi graças à intervenção deste grupo que os animais acabaram batendo em retirada de forma pacífica e ordeira. (...)"

Fonte:

http://macua.blogs.com/moçambique_para_todos/2009/10/mandimba-elefantes-impedidos-de-votar.html

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Cancioneiro do Niassa

[...] João Maria Pinto, cantor, artista de teatro, e ex-combatente da guerra colonial, em Moçambique, Vila Cabral. É nesta última qualidade que dedica aos Deficientes das Forças Armadas um disco intitulado "Cancioneiro do Niassa, com títulos tão sugestivos como sejam "Ventos de Guerra, "O Fado do Checa", "O Turra das Minas", o "Hino do Lunho".
Tendo embarcado para Moçambique como Alferes Miliciano, levava como armas a G-3 e uma viola e é esta última que permitirá, 25 anos passados lançar um olhar sobre a realidade que os jovens portugueses mobilizados para a guerra colonial, a milhares de quilómetros das suas raízes, eram obrigados a enfrentar sem compreenderem "o porquê" ou a "razão de uma luta" em que alguns perdiam a vida ou ficavam inutilizados para o resto da vida e todos eram afectados psicologicamente, em menor ou maior grau.
É sintomática a expressão do entrevistado ao afirmar: «...só contava uma coisa, estar vivo, quero continuar a viver e nunca pensar que viria a morrer no dia seguinte», como aconteceu a dois antigos colegas de Escola que antes de partirem para uma Missão se despediram dele com lágrimas nos olhos pois tinha o pressentimento de que iriam morrer. E morreram efectivamente...! Em Moçambique a utilização pela FRELIMO de minas nas picadas era uma das formas de luta mais vulgar, forma insidiosa e terrífica que ceifou a vida ou marcou indelevelmente milhares de jovens. Daí que a música e as canções, tivessem uma função de catarse sobre os militares que nunca sabiam quando chegava a sua vez. Num país que receou até hoje tratar abertamente o problema da guerra colonial, é importante que 25 anos depois este tema seja abordado e que o "Cancioneiro do Niassa" seja dado à luz com o objectivo expresso de «...contar muita coisa da guerra que ainda está por contar mas, sobretudo, falar dos Deficientes que são 30.000 e de uma guerra com 9.000 mortos».
in: www.rtp1/guerracolonial.com


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Mensagem do Azevedo


Azevedo enviou uma hiperligação para o blogue:

"Não há dúvida que os ccaç 4242 não estão a dar a devida importância a este espaço. Até por respeito ao seu fundador e director, professor psícola. Peço-vos: dizei qualquer coisa, nem que seja, os tomates no Couço estão em crise. Enfim!...mandem é os vossos comentários.
Abraço do Azevedo"

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

"Inselberg" - Sabe o que significa? Leia o texto abaixo.

Nas regiões do Norte de Moçambique, a paisagem é semeada de grandes blocos rochosos, saliências mais resistentes à erosão, a que os geógrafos dão o nome de inselbergs (ilhas de pedra) - o que acontece no itinerário de Mandimba, Nova Freixo e Nampula.

A propósito, aquele braço no espelho do Unimog é meu... (O director deste blogue)
Estávamos em princípios de Outubro de 1974, no momento da retirada (militar), algures na estrada entre Mandimba - Nova Freixo - Nampula.

Belos tempos! Os do regresso, claro!.
..

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Operação Chipa

05 JAN1974 – Rola

Patrulha moto com protecção de itinerário da estrada Mandimba - Nova Freixo, entre Mandimba e Chipa.

21JAN1974 – Rola

Patrulha moto e apeada para contacto com as populações da regedoria do Napulo entre o lago Amaramba e o rio Nhanheze, por 4 dias.

23JAN1974 – Rato

Escolta à equipa de enfermagem com médico à povoação de Juma.

25JAN1974 – Galo

Patrulha moto até Munhehere com picagem de itinerário a fim de as nossas tropas averiguarem de flagelação à referida povoação, perpetrada pelo inimigo, sendo as nossas tropas reforçadas com secção Lírio.

26JAN1974 – Patrulha moto até Munhehere, com oficial operacional do B. Caç. 19 a fim de accionar evacuação de feridos e verificar a base de fogo local do inimigo.

In História oficial da C. Caç. 4242



Exibir mapa ampliado

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

sábado, 9 de janeiro de 2010

Mensagem do Simas

O Simas enviou a seguinte hiperligação para o blogue:
"Caro Amigo Almeida,
Antes de mais os meus cumprimentos e votos de um bom Ano de 2010, que tenhamos vida e saúde para, se calhar, nos encontrarmos mais uma vez.
Felicito-te pela paciência e trabalho que tens tido para alimentar o nosso site que, quer queiramos quer não, é um ponto de encontro dos CCAÇ 4242.
Acabo de "passar" por lá e deu-me um arrepio na "espinha" ao ver a foto da mina A/C TM 46 ainda meio enterrada.
Nesta época Natalícia descreveste e bem as operações do Natal de 1973. Ficamos a a saber da Operação Nanga 14 que durou 4 dias. Também se descreve a ventura do soldado João Galvão que percorreu Seca e Meca até chegar a Mandimba.
Quanto à operação Galo, diz que durante a acção 782, detectou e neuteralizou engenho explosivo - mina A/C TM-46, de origem Jugoslava. E mais nada. Termina dizendo In História oficial C.Cac. 4242.
Quanto à foto diz ser do album do Castro que mora na trofa e tem como descritivo - Um militar da C.Caç. 4242 procede ao levantamento de mina A/C.
Sabias Almeida que aquela mina foi detectada pelo Soldado "Pirata" com um detector de metais? Sabias que, quando o militar desconhecido começou a tirar a terra à volta da mina, o soldado de transmissões João Manuel se plantou ao seu lado e até colaborou no puxar da mina? Certamente desconheces mas todo o 1º Grupo de Combate sabe incluindo o Roxo e o Castro.
Já agora aprendi em Tancos Engº. 6, que a TM 46 era de fabrico Americano. Talvez por questões politicas se diga na nossa História Oficial ser de origem Jugoslava.
Espero que pelo menos junto da foto da mina ponhas - Furriel Simas, da C.Caç.4242 ... em vez do militar incógnito da C. Caç
Não te chateio mais.
Um abraço amigo."

domingo, 3 de janeiro de 2010

Mensagem do Azevedo

Jorge Azevedo enviou uma hiperligação para o blogue:

"Que as festas de Natal tenham corrido bem e que o 2010 seja excelente; são os meus votos. Aquele abraço
Azevedo"