quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Minas, guerra subterrânea

18FEV1973 - Saída de 2 secções comandadas pelo alf. mil. F,,,,. A deslocação foi feita de unimog 404 no percurso de 4 km e depois em patrulha apeada. Chegados ao obectivo, foi montada segurança  para a desactivação e recolha de uma granada de lança granadas foguete do inimigo e o comandante, com o auxílio de uma corda, puxou a granada num espaço 
03MAR1973
de 5 metros, verificando não estar armadilhada, levantando-a à mão. Chegados ao aquartelamento, pelas 16,30 h, foi dado conhecimento à  Caç. de Marrupa e ao BCAV 3880, por intermédio da MSG conf. 19-D-73. Por falta de meios para a destruir (granada), foi transportada até Mandimba, em 02MAR1973. Em 03MAR1973, quando o furriel V.... foi buscar a granada para se proceder ao seu rebentamento, a mesma rebentou no seu quarto causando-lhe ferimentos graves  e diversos estragos materiais.
In História da Companhia, pag. 32.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Aldeia de leprosos - M`Papa

Para a Aldeia de M´papa, distrito de Mandimba, a cerca de 150 quilómetros da cidade de Lichinga (antiga Vila Cabral), começaram a ser evacuados doentes de lepra, oriundos de vários pontos do país (Moçambique), ficando concentrados naquela aldeia.
Foto do álbum do Silva que mora
 em Espariz, Tábua
Decorridos mais de 40 anos ainda nos lembramos, - nós militares da C. caç 4242, - que uma das iniciativas da acção psicológica era ir visitar aquela aldeia, muito perto do nosso quartel em Mandimba, Niassa, nos anos de 1972/74, levando algo de útil para aqueles habitantes, nomeadamente latas de conserva das rações de combate para alimentação, gasóleo e desperdício para iluminação - não existia energia eléctrica.
Viviam na Aldeia de M´papa 536 doentes de lepra, muitos dos quais com graves sequelas causadas pela doença, desde mutilações a sérios problemas da vista. Alguns morreram ao longo dos anos, mas outros, muitos, talvez a maioria, ainda vivem em M´papa.
O termo lepra, deriva do grego “Iepein”, que traduzido para a língua portuguesa significa “descamar-se”. O bacilo ataca os tecidos, consumindo as mãos e os pés, o nariz, os olhos, etc…