quarta-feira, 24 de abril de 2024

O NOSSO 25 DE ABRIL FOI A 26

O nosso 25 de Abril foi a 26. Os militares da Companhia Independente C. Caç. 4242, a que este vosso amigo teve a hora de pertencer, estavam aquartelados em Mandimba, Niassa, na fronteira com o Malawi, algures entre Nova Freixo (Cuamba] e Vila Cabral (Lichinga), Moçambique entre 1972-1974, a defender a Pátria na Pátria dos outros. No dia 25 de Abril de 1974, estranhamente, não eram emitidos programas no Rádio Clube Moçambique. Era transmitida apenas música clássica. No entanto conseguíamos ouvir informações de uma rádio da África do Sul, anunciando que houvera um golpe de estado em Lisboa. Confrontado o inspetor da Pide em Mandimba – o feroz sr. Ferrão, este limitou-se a dizer em tom ameaçador que os boatos pagavam-se caros. O nosso 25 de Abril foi a 26. Só no dia seguinte surgiram informações da revolução dos cravos em Lisboa, que para nós seria um acelerador do nosso regresso à Metrópole, embora não fosse assim tão linear enquanto não cessasse o fogo, facto que aconteceu apenas no mês de agosto e o nosso regresso fosse apenas em outubro. Honra e glória a todos os antigos combatentes.

sábado, 24 de fevereiro de 2024

15 DE JUNHO DE 2024 É O ALMOÇO CONVÍVIO DA C. CAC. 4242

Alertam-se todos os companheiro da C. CAC. 4242 e familiares que o almoço convívio em 2024 é no dia 15 de junho no mesmo local do ano transato. Marquem nas vossas agendas e inscrevam-se. O organizador é o Milton Mota (962871880). Esta comunicação é oficial, não havendo convites nem cartas individuais. Cada um passe a palavra. Gratos a todos. Passem bem e até lá um abraço.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

Guerra subterrânea

No Niassa, nas estradas que irradiam de Vila Cabral para para Metangula, Nova Viseu ou Tenente Valadim, as minas, associadas à quase inexistência de vias, ao clima chuvoso e ao terreno ravinado, junto ao lago transformaram os movimentos necessários à sobrevivência das tropas e ao seu emprego em combate em operações de grande duração e desgaste, que esgotavam só por si as suas capacidades e lhes retiravam a iniciativa
É ainda em Moçambique que se regista o maior emprego de minas por parte das forças portuguesas. O general Kaulza de Arriaga, em carta ao ministro da Defesa, Sá Viana Rebelo, em 29 de Janeiro de 1973, solicitou o fornecimento de 150 000 minas anti-pessoais para Cahora Bassa e um milhão para interdição da fronteira norte, junto ao rio Rovuma.
Num ponto de situação feito ao comandante-chefe, em Vila Cabral, foi referido que na zona do Niassa, em 1972, os guerrilheiros haviam realizado 412 acções, das quais 223 foram colocação de engenhos explosivos (54 por cento do total). Destas, 78 foram accionados pelas forças portuguesas, que sofreram 43 mortos, 51 feridos graves e 151 feridos ligeiros(…)

http://www.guerracolonial.org