segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

BOAS FESTAS 2015-16

NESTE ARTIGO SERÃO PUBLICADAS TODAS AS MENSAGENS DE BOAS FESTAS ENVIADAS PELOS NOSSOS COMPANHEIROS E AMIGOS:


FELIZ NATAL 2015 E QUE O ANO DE 2016 TRAGA  MUITAS FELICIDADES  PARA TODOS OS MILITARES DA C. CAÇ. 4242, SEUS FAMILIARES E DE UM MODO GERAL PARA OS LEITORES DESTE BLOGUE, são os votos deste vosso director.



ESTE ESPAÇO DESTINA-SE A COMENTÁRIOS E MENSAGENS A ENVIAR PARA O SEGUINTE MAIL: mcalmeida49@gmail.com


1.Mensagem de Adérito Roxo:

Agradeço e retribuo Boas Festas de Feliz Natal e de Ano Novo a todos os companheiros de armas.

2.Mensagem de Moreira Nunes:
Caros amigos: agradeço e retribuo os votos de Boas Festas.

3.Mensagem de Luís Simão:
Boas Festas de Natal e Feliz Ano 2016 para todos os companheiros e famílias. Um  abraço.

4.Mensagem de Azevedo:
Desejos de um Bom Natal e excelente Ano Novo para todos os C. Caç´s e exmas famílias.Aquele abraço do Azevedo.

5.Mensagem do Silva:
Um grande abraço para todos os meus amigos c.caç,s. Desejo-vos Boas Festas e um Novo Ano com tudo de bom. É nestas datas que recordo com emoção a nossa amizade que perdura para sempre. Saudades.


6.Mensagem de Miguel Simas:
Este ano que decorre foi trágico em termos de Companheiros caídos que ficarão para sempre nas nossas memórias. 
Vamos todos fazer um pacto de sangue: que cheguemos todos com vida e saúde ao final de 2016.
Proponho um voto de louvor ao Almeida Psícola, incansável director deste blogue, que tem sido um forte elo de ligação entre todos nós.
Eu e a Ana desejamos a todos os C. Caç´s 4242 e suas famílias umas Festas Felizes com muita paz e amor e, já agora, umas coisinhas boas para se comer e beber.
Bom Ano de 2016.
Um abraço a todos.



sábado, 12 de dezembro de 2015

Natal 1973

21DEZ1973 - Operação Nanga 14 - Grupo de combate Lince
Nomadização na região entre o rio Lissimba e rio Luchímua, na confluência com o rio Chitembuela e rio Lilaze, com montagem de emboscadas na fronteira do Malawi, por 4 dias.

Foto do álbum do Castro que mora na
Trofa; um militar da C. Caç. 4242 procede
ao levantamento de uma mina A/C TM-46
Esse militar é o Miguel Simas
24DEZ1973 - Soldado Atirador de Cavalaria - 19876272 - João Manuel Ruivo Galvão, vindo do DGA/Lisboa, nos termos do Decreto 49107, de 1969, apresentou-se no Dep. Term. da Beira a 23NOV1973. Saiu deste, para Nampula, por via aérea, em 18DEZ1973, tendo seguido para Vila Cabral, onde foi presente no BCAÇ. 20 a 21DEZ1973. Seguiu para Mandimba, por via férrea, em 24DEZ1973.

31DEZ1973 - O Grupo de combate Galo, pelas 08 horas, na região coordenadas (1410-3538), durante a acção 782, detectou e neutralizou engenho explosivo - mina A/C TM-46, de origem Jugoslava. 

In História oficial da C. Caç. 4242

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Equipa de futebol dos sargentos da c. cac. 4242 - 1972/74

Em baixo da esquerda para a direita: Simão, Psícola, Borges, Macedo e Nunes. Em cima pela mesma ordem: Pereira (Ferreira?), Veiga, Castro, Andrade, Simas, Almeida e Azevedo. A equipa dos soldados e cabos era melhor que a nossa, reconheça-se a verdade.
2M, Laurentina e Manica
Local: campo de futebol de Mandimba. O relvado em óptimas condições também servia de pista de aviação para as evacuações. E de noite como se iluminava a pista? Não havendo iluminação eléctrica a sinalização era efectuada com latas de cervejas vazias com desperdício embebido em gasóleo e...algumas armas em punho.



sexta-feira, 20 de novembro de 2015

ACONTECEU HÁ 43 ANOS

Oriunda do Regimento e Infantaria nº 2 - Abrantes - , após aí terminados os períodos de instrução normal a qualquer Companhia que venha em reforço à guarnição normal dos estados ultramarinos, daí seguiu a COMPANHIA DE CAÇADORES Nº 4242/72, tendo embarcado em Lisboa, a bordo dos aviões dos TAM, a 28NOV.72, [com escala em Luanda].

...onde chegou às 21,30 h do dia 2 DEZ. 1972, 
rendendo a Cart. 2764.
Toda a C. Caç. 4242 foi apresentada na Beira [Moçambique] às 11,30h do dia 29NOV.1972, onde permaneceu até às 09,30h do dia 01DEZ.1972, data em que marchou para Nampula, por via aérea, nos aviões fretados da DETA, onde chegaram às 12,00h do dia 01DEZ.1972. De Nampula seguiu esta C. Caç. para o seu destino: MANDIMBA, onde chegou às 21,30h do dia 02DEZ.1972, rendendo a CART. 2764, o que se efectivou às 05,00h do dia 03DEZ.1972.
Fonte: História Oficial da Companhia

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Operação Napoleão

Um militar medita na missão
a levar a efeito. É o Silva, que
mora em Espariz, Tábua.
NAPOLEÃO 9: 17OUT1973 - GALO
Nomadização entre o rio Chitembuela e rio Nacaca, com montagem de emboscadas ao longo do rio Luchímua, por 4 dias.
NAPOLEÃO 10: 17OUT1973 - RATO
Patrulha moto até à região do Chipa, seguido de nomadização entre o rio Lugenda e o rio Matonge, com montagem de emboscadas ao longo do rio Matonge.
NAPOLEÃO 11: 21OUT1973 - GATO
Nomadização entre o rio M`songuesse e linha do caminho de ferro [Belém-Catur], por 4 dias.
In História oficial da C. Caç. 4242

terça-feira, 27 de outubro de 2015

MENSAGEM DO MOTA: DESPEDIDA DE MANDIMBA - NIASSA

Almeida, perguntas o que recordámos da última viagem que fizemos de  Moçambique rumo à Metrópole.
Para mim foi uma grande alegria a saída de Mandimba, de regresso à terra onde nascemos, ao seio das nossas famílias e amigos.
Mas ao sairmos do aquartelamento onde vivemos durante dois anos, onde criámos algumas amizades com autóctones que conviveram no dia a dia connosco - recordo os meus camaradas GEs que tão bem me trataram. 

Quem se lembra do nome?
Ruínas do nosso Quartel
Recordo coisas simples como um dos nossos protegidos de que não me lembro o nome e de que junto foto - pensando no que iria ser deles, dos africanos das nossas fileiras, o que iria ser deles após a nossa partida, pois a frelimo iria fazer o seu ajuste de contas e iriam ficar privados dos cuidados básicos. Fiquei triste e preocupado, choroso e acho que aquele povo não merecia aquele tratamento.
Quanto ao resto da viagem recordo que na Beira encontrei o meu saudoso amigo Manuel Vieira Santos Pereira, oficial na Base da F. A. ,onde apanhei uma grande bardina tão grande que já me esqueci do tamanho.
Um abraço para toda a família da C. CAÇ. 4242.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

R. I. 5 CALDAS DA RAINHA

Camaradas:
Decorria o ano de 1971, dia 7 de Outubro, quando pelas 8 horas  da manhã me apresentei à porta de armas do RI5, já lá vão 44 anos.
Quando lá cheguei, assim como tantos outros, nem sabia se devia entrar ou voltar para casa, mas como isso não era possível lá entrei.
A viagem de minha casa até às Caldas da Rainha foi feita à boleia com o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, meu vizinho, que ia levar o filho - o meu saudoso amigo Manuel Vieira dos Santos Pereira - a um colégio de Torres Vedras e claro está que em toda a viagem foi uma aula de cidadania.
No RI5 o tempo não era fácil de passar mas como havia mais alguns colegas de infância, lá íamos passando o tempo à espera do fim de semana para regressar às origens.
E lá passei 3 meses da minha infância, tendo à época 20 anos de idade - uma criança a ser preparada para matar.
Viagem seguinte: Oliveira do Bairro/Tavira em Janeiro de 1972.
Um abraço a toda a família da C. CAÇ 4242
Milton Mota
Companhia das Caldas, 4ª incorporação
 de Outubro a Dezembro de 1971.
O graduado ao centro era o tenente Varela.

domingo, 27 de setembro de 2015

31º CONVÍVIO 2016 C. CAÇ. 4242 SERÁ EM NIZA

O convívio 2016, a ter lugar em meados de Junho, será organizado em Niza, pelo "NIZA", de seu nome próprio Joaquim Maria Corrente Cebola, aqui na foto, entre outros tantos que marcaram lugar na Covilhã. Um abraço para todos.
30 convívio 2015 na Covilhã

domingo, 30 de agosto de 2015

30 Convívio Covilhã 2015



Sara Simas, filha de Miguel Simas e Ana enviou o seguinte comentário que todos agradecem:
"Estão todos de Parabéns por manterem este convívio. :) Obrigado por partilharem estes momentos com os mais novos (filhos e netos). É uma história de vida que não pode ser esquecida. Um bem haja a todos, Sara Simas (filha do Miguel e Ana). 

domingo, 23 de agosto de 2015

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

30º CONVÍVIO É NA COVILHÃ

30º CONVÍVIO - ITINERÁRIO

Vindo do norte ou sul, na  "picada" A23 sair em Covilhã e tomar a direcção do Jardim Municipal da Covilhãna Av. Frei Heitor Pinto.

Estacionar e seguir a pé para o local de concentração: Igreja de S. Francisco, Covilhã.

 No fim da missa o "trilho" é feito a pé até ao Restaurante "Zé do Sporting".
Quem tiver dificuldade no percurso contacte o companheiro RATO: 969136418
Boa viagem para todos.

Vídeo do encontro há  anos em Vila do Conde

sábado, 15 de agosto de 2015

MENSAGEM DO SIMAS - 30º CONVÍVIO

ATENÇÃO COMPANHIA!
Firme. Sentido.
Em frente marchar … até à Covilhã.
Caros Companheiros de armas,
Cada um no seu mister. 
Jovens com 21 anos, mas com-
petentes

As minhas melhores saudações.
Aproximando-se a largos passos o dia 22 de Agosto, data escolhida para a CCAÇ 4242 se reunir novamente, agora na Covilhã sob a batuta do António Rato, passados 41 anos do regresso de uma guerra que não queríamos nem era nossa pois que, naquela idade e naquele tempo o que queríamos verdadeiramente era fazer a paz com o amor, gostaria de fazer o seguinte apelo:
1 – Aproveitemos esta oportunidade para, em conjunto, honrarmos condignamente a memória dos nossos companheiros já falecidos e que já são muitos;
2 – Façamos uma festa de amor e de partilha de coisas boas que a vida nos tem dado a todos (os netos) e que continuará a dar (os projectos);
3 -  Deitem para trás das costas ódios e recalcamentos antigos e actuais que não nos conduzem a parte alguma;
Faço votos que nos apresentemos na Covilhã com as botas engraxadas, corações abertos e almas lavadas.
Façam as vossos inscrições junto do António Rato – telem. 969 136 418 – que ainda vão a tempo.
Eu e a minha companheira Ana lá estaremos de véspera regressando a Lisboa no dia seguinte … por causa da Polícia, claro.
Um abraço a todos e…. até lá.

Miguel Simas

sábado, 8 de agosto de 2015

Mensagem do Simas - de Lissiete a Namicoio Velho

Caros Companheiros de Armas.
Como sabemos foi produzida uma História da CCAÇ 4242, relatando algumas operações e acontecimentos ocorridos durante a nossa expedição Militar em Moçambique, entre Novembro de 1972 e Novembro de 1974, muito espartilhada e mais de acordo com os preceitos e regras militares de então do que com a verdadeira realidade dos acontecimentos.
Tínhamos que parecer bons soldadinhos a fim de evitar-se um castigo que seria eventualmente a nossa transferência para uma zona mais “quente” naquele teatro de guerra.
Vem isto a propósito de um extracto do relatório da acção da Lissiete a Namicoio, publicada pelo nosso incansável director Almeida Psícola na página da nossa Companhia e que, a meu ver, contendo algumas inverdades, para bem da verdade e pelo respeito devido a todos os intervenientes, deverei acrescentar o seguinte:
Ler mais aqui

terça-feira, 28 de julho de 2015

22 AGOSTO - CONVÍVIO NA COVILHÃ - MENSAGEM DO SIMAS

Atenção Companhia! Firme. Sentido.

Caros companheiros de armas,
As minhas melhores saudações.
Depois das recentes baixas dos Companheiros Castro e Moreira da Costa na mesma operação (ao mesmo tempo) eu e a minha companheira Ana sentimos um impulso ainda maior para atravessarmos o Atlântico e depois o Continente, para nos encontrarmos com os que ainda restam e seus familiares da nossa CCAÇ 4242, nas encostas da Serra da Estrela que, não sendo a mais alta de Portugal, muito bem aconchega a cidade da Covilhã outrora a capital dos lanifícios.
Sendo este motivo mais que suficiente ainda por cima o “embate” realizar-se-á no “Zé do Sporting” restaurante que já tive o prazer de conhecer aquando de uma anterior deslocação com o Santa Clara.
Sendo eu vermelho por dentro e por fora, (pois que, contrariamente ao que muitos estariam a pensar, sou do Santa Clara), muito gozo me dá jogar em casa do adversário.
Belos presuntos acompanhados de boa pinga.
Vamos todos …  mas todos à Covilhã.
Esqueçamo-nos do Passos de Coelho e Cª. por um dia.
Um abraço a todos e… até lá.
Miguel M. Simas.

PS – Em anexo, para que não haja confusões, cópia das passagens minha e da Ana pelo que, desde já agradecia a nossa inscrição no repasto do corpo e da alma.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Demonstração de amizade

É nos cenários de guerra que aparecem as maiores demonstrações de amizade segundo os livros.
  Eu também tive um camarada que um belo dia em terras de Mandimba (Moçambique) demonstrou essa amizade, e vou passar a contar.
  Decorria o ano de 1973, do século passado, e eu, não sei porquê, já não falava para o Silva (Furriel) há perto de dois meses, quando eu resolvo ir dar uma volta pela povoação ao anoitecer mas sozinho; pego numa caçadeira  de 5 tiros e saio do quartel sem informar quem quer que fosse, pois a previsão era de estar pouco tempo fora do quartel, mas houve alteração de planos e fiquei toda a noite fora, procedimento que não era permitido por segurança.

Por do sol em Mandimba. Foto
 do álbum do nosso director
   A noite foi passando e o Silva lá ia perguntando pelo Mota aos furriéis que estavam na messe "então o Mota já apareceu?" O pessoal nada respondia; as cartas e as cervejas naqueles momentos ocupavam as suas cabeças, mas o Silva não desarmou e - segundo dizem - mal dormiu. A preocupação dele era tal que mal apareceram os primeiros raios de luz da manhã, prepara uma secção para ir à minha procura, mas não sabendo por onde começar.
   Entretanto chego ao quartel e vejo o Silva já na porta de armas preparado para sair, e verifico que todos ficam muito calados a olhar para mim, como não falava para o Silva não liguei, quando ele me dirige a palavra e me informa que ia à minha procura.
    Parei, meditei, e lá fomos para a messe tomar o pequeno almoço. Claro que nesse dia não se falou noutra coisa; primeiro porque queriam saber onde estive, segundo a contar-me a preocupação do Silva, pois a versão dele era que me tinham raptado.
     E assim se fazem amizades para o resto da vida!

        Um abraço a toda a família da CCAÇ 4242.
Até breve
MOTA

sexta-feira, 10 de julho de 2015

O valor das coisas, diz o Mota

O valor das coisas.
  Ao falar em Lissiete lembra-me quando cheguei ao quartel de Mandimba, precisamente no início  de Setembro de 1973, depois de um mês de férias em Portugal. Um mês bem comido e melhor bebido. Quando o nosso saudoso 2.º sargento Castro me vê regressar e diz "Motinha - agora que já não está entre nós quem me vai chamar de Motinha ?!...- anda receber que estamos a pagar os ordenados"; lá  fui e além do ordenado também recebi o subsídio de férias que deu a módica quantia de aproximadamente 8 contos - muito dinheiro ao tempo, o equivalente aos actuais 40 euros.
Foto do álbum do Silva que
mora em Espariz, Tábua
    Meti o dinheiro no bolso e dirijo-me para o quarto quando me aparece pela frente o nosso capitão Nunes: "Mota, o teu grupo (GEs) está para sair para a Serra Lissiette, era melhor também ires, a informação da PIDE é que há grupos IN na zona."
 Foi pegar na G3 e pouco mais, e lá fui, só que para onde fui não havia água, pois estávamos na época seca, e aqui começa a História: água nem vê-la mas havia 8 contos no bolso, que fazer com 8 contos? Naquela hora quanto dava por uma cerveja? 8 contos! Mas como não havia cerveja, limitei-me, passadas muitas horas, a beber água das poças das pegadas dos elefantes com muitos bichinhos a rabear.
  Claro que quando cheguei ao quartel não gastei os 8 contos em cerveja, mas para matar aquela bicharada que ainda andava a rabear no estômago lá bebi a quantia devida (receita do furriel Simão enfermeiro: 10 cervejas) e muitos Whiskies.
  Moral da história: no meio da floresta do NIASSA, naquelas terras do fim do mundo,  o dinheiro não valia nada. 

sexta-feira, 3 de julho de 2015

De LISSIETE a NAMICOIO

Extracto de Relatório de Acção
08SET.1973
- Patrulha moto para abertura de itinerário desde Aldeamento de Lissiete até Namicoio.
Havia uma hora que prosseguiam [a equipa de picagem ia à frente] quando a roda traseira do lado esquerdo da Berliet accionou uma mina anticarro, a coordenadas (1404,5-3553) deixando-a imobilizada [a viatura]. Imediatamente montou-se segurança para que os primeiros socorros fossem efectuados.
Apesar do esforço despendido pelo soldado de transmissões, só duas horas mais tarde se conseguiu contactar com a Companhia, dado o canal [rádio] de serviço se encontrar avariado. Como estava a tornar-se demorada a evacuação, o Comandante da força mandou o Furriel Simas mais uns voluntários empreender a caminhada até onde pudessem contactar com a Companhia [via rádio]. Este Grupo encontrou a viatura que tinha partido do Quartel de Mandimba, já perto do Aldeamento Lissiete, ficando no local do rebentamento o Grupo de combate Rato, a fazer a protecção à viatura.
Foto do album do Castro
que mora na Trofa
SOFRIDOS – 5 feridos ligeiros:
- 1º Cabo – 06579772 – José Maria Pinto Moreira
- Soldado – 06510671 – Francisco Alves Ramalho
- Soldado - 75952072 – Carlos Manuel
Evacuado para a Enfermaria do Sector A:
- Soldado 01901172 – Luís Manuel Cabrita Martins
Evacuado para o Hospital Militar de Nampula, em 10SET1973:
-Soldado xx888872–João Arnaldo de Jesus Resende.”
(Da História da Companhia de Caçadores 4242)

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Faleceu o ex-alferes COSTA

É com profunda tristeza que vos comunico que faleceu JOSÉ JACINTO MOREIRA COSTA, ex-alferes da C. Caç. 4242. Um militar abnegado, de grandes valores humanos. Todos os que com ele conviveram sabem-no bem. Já lá vão mais de 40 anos da nossa permanência em terras africanas e a camaradagem que nos une jamais se apagará. Eterna saudade ao Costa e sentidos pêsames à sua esposa Fernanda e restante família, representando o espírito colectivo dos militares da C. Caç. 4242.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

ADEUS, SARGENTO CASTRO

É com consternação que vos comunico que faleceu o nosso companheiro e estimado amigo, o Sargento Castro, com quem enfrentámos muitas dificuldades e partilhámos muitas alegrias; os que conviveram com ele sabem-no bem: era um homem respeitado e ao mesmo tempo animado.
A informação foi veiculada pelo Azevedo, através de quem poderão ser obtidas informações complementares, nomeadamente o funeral que se realizará amanhã, dia 23 de Junho, em Guimarães.
Deixo aqui uma foto da qual poderemos guardar uma eterna saudade do nosso amigo Castro:
Sargento Castro, de costas, ao centro.


Mensagem de Moreira Nunes (Cap.) 

Estamos infelizmente no contagem decrescente do tempo da vida. Morreu um homem bom. 
É triste receber notícias destas.Até breve amigo Castro. 

Um abraço para os que ficam.

Moreira Nunes

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Mensagem de Miguel Simas 

 Em memória do Sargento Firmino José de Castro, neste dia 23 de Junho de 2015, que vai a sepultar algures em Guimarães.
Na CCAÇ 4242 o Sargento Castro foi um companheiro, um amigo e, atendendo à sua idade e experiência de vida e de Ultramar, até mesmo um pai.
Homem impulsivo, com tomadas de decisões bruscas e impetuosas manifestadas com o seu falar de trovão. Quando, com jeito, o fazíamos ver que as coisas não seriam bem assim, voltava atrás. Com o seu ar austero acabava por ser um homem dócil amigo da sua família e do seu amigo.
O Sargento Castro fez outras comissões no Ultramar e, tanto quanto saiba, nunca teve relações de amizade tão fortes como com os CCAÇs 4242. Éramos mesmo uma família.
Companheiro frequentador assíduo dos almoços anuais da nossa Companhia, sempre acompanhado da sua esposa, a última vez que nos abraçamos foi em Vizela em 2010. Soube que eu lá ia com o Santa Clara e fez questão de, antes de ele ir à missa com a sua família, lá ir dar-me um abraço.
Bem hajas Sargento Castro!
E o teu Guimarães carago…
Já sei que será menos uma chamada telefónica de Boas Festas a receber pelo Natal.
Castro, a despedida para o Além dói bastante aos que cá ficam. Paz à tua alma.
Miguel M. Simas

 Um abraço.
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Mensagem de Mário Pinto VEIGA:

Obrigado pela informação mas infelizmente

estou longe para estar presente mas paz à sua

alma e que descanse em paz.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

30º CONVÍVIO 2005

O 30º convívio está agendado para o dia 22 de Agosto de 2015 e terá lugar na Covilhã
Esta data dá uma oportunidade aos nossos companheiros emigrantes de marcarem a sua presença.
Aguardem orientações dos organizadores.
Até breve.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

A PONTE

 Já lá vão 42 anos quando sai do quartel em MANDIMBA com o meu amigo Aguiar (condutor) para ir avisar alguns elementos dos GEs para ir fazer uma operação, que para mim acabou ao tentar passar sobre o rio Mandimba.
    Não vou entrar em pormenores, mas o que é certo é que eu o Aguiar e o jipe fomos todos parar no leito do rio que, por sinal, é de granito do lado esquerdo no sentido Mandimba - Lichinga.
Foto actual da mesma ponte
     Como ficamos? Bem, eu fui projectado para fora do jipe e cai de costas, resultado algumas amolgadelas na coluna; o Aguiar ficou com as pernas e parte da bacia de baixo do jipe e foi evacuado para Portugal e o jipe foi para a sucata.
     Aqui envio as fotos que tenho alusivas ao tema: uma da parte superior da ponte com o nosso amigo alf. Fernandes; outra tirada onde caÍ e outra ao jipe com o Mota em primeiro plano e alguns militares da C.CAÇ4242.
  Obs. A ponte tinha 8,50 metros de altura.



 Em 1977 ainda fui chamado ao tribunal de Anadia para prestar declarações e explicar como foi o acidente. Claro que já não me lembrava de nada.
O processo foi arquivado por falta de memoria... ààà....

Ò VENTURA, faz mais versos, gostei.

               UM abraço a toda a familia da C.CAÇ4242   Moooootaaa

sábado, 30 de maio de 2015

EMBOSCADA EM CAMPANAS

VEJAM SE O MILTON MOTA
NÃO DISSE “RAPAZIADA”
QUE ESTE ANO TAMBÉM
IA HAVER UMA EMBOSCADA…

NOVAMENTE OS PELOTÕES
CORRERAM P´RA FORMATURA
E FICANDO A INCUMBÊNCIA
DO RELATÓRIO AO VENTURA.

Para ler a poesia completa clicar aqui

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Operação Catur

25JAN1974
Após interrogatório sumário, o guerrilheiro apresentado, MANUEL MAIROSSE, declarou pertencer à BASE CATUR e fazer parte de um GR IN de 25 elementos armados. Eram portadores de 19 “KALASHNIKOV”, 1 “BASOOKA”, 1 “OPSH” e 6 “SIMONOV”. Transportavam 2 minas A/C, muito material para destruição das LCF [Linha Caminho de Ferro] e muitas minas A/P. Declarou existir depósito de material em TN [Território Nosso] na região coordenadas [1353.3543,5].
NT [Nossas Tropas] seguem para a referida região a fim de tentar capturar material existente e tentar interceptar restantes elementos do Grupo acima referido.
In História da Companhia 4242

sexta-feira, 17 de abril de 2015

30º CONVÍVIO C. CAÇ. 4242 EM 2015

PAULO RATO e
ANTÓNIO CARROLA
São os organizadores do
 convívio 2015
O 30º Convívio da C. CAÇ. 4242, a realizar em data a anunciar, será organizado na Covilhã pelos nossos companheiros Paulo Rato e António Carrola
Aguardem novas informações.
O Paulo Rato mora na Vila do Carvalho, Covilhã e o António Carrola mora em Unhais da Serra, Covilhã.
É de louvar e incentivar a iniciativa e abnegação de todos quantos já organizaram encontros anteriores.
Um agradecimento a todos.





sexta-feira, 10 de abril de 2015

Aquela fita...

"(…) -  Sentem-se – disse o Capitão. – Temos uma grande merda entre as mãos.
- Mas o que é que tu [capitão] querias, se tens o cu colado a essa cadeira, com as mãos por baixo? – espicaçou o Bernardo.
- Segundo as notícias que nos chegaram da DGS [pide], há a informação da passagem de um grupo de turras pelo norte do rio Luchímua, dirigindo-se para os montes Checulo. Vão seguir o 2º, 3º e 4º, e dois pelotões de GE. Tendes aqui as coordenadas. Comandará a operação o Cancela. Desenmerdem-se... E preparou-se para sair, quando pegou na boina. Mas, antes de chegar à porta:
Ruínas do Quartel em Mandimba
- Falem com os Furriéis, mas nada digam aos soldados. Eles receberão as rações de combate, para quatro dias quando estiverem no refeitório, após o que arrancam logo. A operação não será indicada a ninguém, nem mesmo aos guias. Entendido? – E saiu.
- Mas que grande merda. E logo aquele ventas de cu  havia de se lembrar de nos mandar para o mato na altura do filme que vai dar na Administração – vociferou o alferes Checa (…). "

(Cancela Tropa – O Uivo da Dgs - História quase real de um militar da c. caç 4242)

quinta-feira, 2 de abril de 2015

NAPULO ou SAMBA

24OUT1973(…) Amanhã tenho que me levantar cedo para uma saída distante do quartel de Mandimba. Objectivo: uma povoação perto da fronteira com o Malawi, na ponta final da nossa zona de acção. Levo rações de combate para distribuir pela população, gasóleo para fazerem as lamparinas de iluminação e distribuir e colar cartazes de acção psicológica, pois é esta a minha missão, sendo a de maior responsabilidade o controlo das armas [mauser] distribuídas a elementos dos vários aldeamentos. São distribuídas 5 munições [five polopolu], para caça, por mês, a cada elemento, sendo que a dotação de 20 munições de reserva são intocáveis, em caso de defesa. Cada dia da semana vou a diversos locais [centros de instrução] mandar limpar as ditas armas e inspeccionar as mesmas. (…)
Diário de um militar da C. Caç. 4242

terça-feira, 10 de março de 2015

NANICO 79 e 80

NANICO 79 - 01JUL1974 - LINCE
Batida  na região entre os rios Lassalumué, Luchímua, Luchete e linha do caminho de ferro (Belém- Catur), com montagem de emboscadas no trilho Muambico, lançamento de pessoal na ponte do rio Luchímua e recolha na Cantina Viegas, por 5 dias.
Mandimba - ao longe os montes
 do Malawi
NANICO 80 - 04JUL1974 - COBRA
Nomadização entre os rios Mapulázia, Luchímua e nascente do rio Lissimba, com montagem  de emboscadas no rio Luchímua, em locais de possível travessia do inimigo e batida ao monte Mecongo. Lançamento de pessoal na ponte do rio Luchímua e recolha na zona do Juma, por 7 dias.
Mapa de Muambico
História da Companhia, pag. 173

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Minas, guerra subterrânea

18FEV1973 - Saída de 2 secções comandadas pelo alf. mil. F,,,,. A deslocação foi feita de unimog 404 no percurso de 4 km e depois em patrulha apeada. Chegados ao obectivo, foi montada segurança  para a desactivação e recolha de uma granada de lança granadas foguete do inimigo e o comandante, com o auxílio de uma corda, puxou a granada num espaço 
03MAR1973
de 5 metros, verificando não estar armadilhada, levantando-a à mão. Chegados ao aquartelamento, pelas 16,30 h, foi dado conhecimento à  Caç. de Marrupa e ao BCAV 3880, por intermédio da MSG conf. 19-D-73. Por falta de meios para a destruir (granada), foi transportada até Mandimba, em 02MAR1973. Em 03MAR1973, quando o furriel V.... foi buscar a granada para se proceder ao seu rebentamento, a mesma rebentou no seu quarto causando-lhe ferimentos graves  e diversos estragos materiais.
In História da Companhia, pag. 32.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Aldeia de leprosos - M`Papa

Para a Aldeia de M´papa, distrito de Mandimba, a cerca de 150 quilómetros da cidade de Lichinga (antiga Vila Cabral), começaram a ser evacuados doentes de lepra, oriundos de vários pontos do país (Moçambique), ficando concentrados naquela aldeia.
Foto do álbum do Silva que mora
 em Espariz, Tábua
Decorridos mais de 40 anos ainda nos lembramos, - nós militares da C. caç 4242, - que uma das iniciativas da acção psicológica era ir visitar aquela aldeia, muito perto do nosso quartel em Mandimba, Niassa, nos anos de 1972/74, levando algo de útil para aqueles habitantes, nomeadamente latas de conserva das rações de combate para alimentação, gasóleo e desperdício para iluminação - não existia energia eléctrica.
Viviam na Aldeia de M´papa 536 doentes de lepra, muitos dos quais com graves sequelas causadas pela doença, desde mutilações a sérios problemas da vista. Alguns morreram ao longo dos anos, mas outros, muitos, talvez a maioria, ainda vivem em M´papa.
O termo lepra, deriva do grego “Iepein”, que traduzido para a língua portuguesa significa “descamar-se”. O bacilo ataca os tecidos, consumindo as mãos e os pés, o nariz, os olhos, etc…

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

OPERAÇÃO MACACO

Estamos em Janeiro de 1973; estou a gozar de mais uma manhã daquele clima maravilhoso, devidamente instalado no parrô, de guarda aos morteiros (ah! ah! ah!), aparentemente essa iria ser a minha missão durante todo o tempo que a C. Caç. 4242 estivesse em Mandimba, quando entra pela porta de armas o famoso Ferrão, chefe da Pide local, ao entrar no quartel pouco faltou para levar a cancela da porta de armas em frente, tal era a pressa, com mais uma informação que em tal parte do rio tal estava a passar um grupo inimigo.
Chegada a dita informação ao cap. Nunes e como não tinha mais nenhum grupo de combate no quartel, lá foi o furriel Milton Mota com meia dúzia de soldados para a dita operação.
Chegados ao local, deparo com pegadas que me pareciam de pessoas mas que afinal eram de macacos!...
Seguimos a marcha, quando chegou a hora de almoço e nos preparávamos para abrir aquelas latas de conservas, deparo com alguns dos meus companheiros a tirar as calças!...O que era?... Aquelas famosas formiguinhas que só mordem quando lhes cheira a "tomates".
Então começo a pensar com os meus botões que devido à minha falta de conhecimentos da realidade quem era a selva africana, o melhor era ir para os GE´s porque eles é que conheciam todas as armadilhas da Natureza daquelas terras, tais como cobras, escorpiões, onde não havia água, etc.
Macacadas do Mota
E assim acabou o meu descanso de guardar os morteiros e lá segui para o Dondo onde estive 2 meses, voltando para junto dos meus camaradas e amigos da C. Caç. 4242.
Um abraço para todos.
Milton Mota

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Coisas simples aos domingos

29 SET.1973 - Hoje, domingo, recebi o Século Ilustrado. O Sol varreu as nuvens da noite e resplandece nos telhados de zinco das casernas e até o mastro da Bandeira parece mais alto. À porta de armas surge um unimog com lotação esgotada. São GEs que vão iniciar uma operação sob as ordens do furriel Milton que, com abnegação, comandará a operação.
Surgem o Vigário com um papel na mão - o Veiga viria mais tarde para este planalto do Niassa. O Carrola manda o corneteiro tocar qualquer coisa a que ninguém liga. O Rato providencia as viaturas. O Paixão fala fala numa linguagem cifrada "sitrep", o Silva ralha com o capitão, este com o "Checa", o macaquito salta para o telhado de zinco...Outros militares juntam-se na parada: Ferreira, Teixeira, Azevedo, Cerqueira, Fernandes, Macedo I e II, José João, Meira, Padeiro, Fevereiro, Roxo, Belé, L. Marques, Baião...
...E vamos passando o (outro) tempo livre a ler e com algumas patuscadas. Somos um grupo diversificado e porreiro. Dois companheiros furriéis são dos Açores - gente boa. O sargento trouxe de Chaves um presunto e estivemos a tratar da operação. No próximo mês parte um furriel de férias para Lisboa e vai casar-se.
É este o  nosso dia a dia, para não falar em coisas tristes de guerra.
Diário de um militar da C. Caç. 4242

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Acção em Nova Santarém

22 JAN 1974 – O Posto Administrativo de Belém informou a C. Caç. 4242 que, pelas 17,30 h do dia 21, passou grupo inimigo, na região coordenadas (1351.3556), estimado em 12 elementos na direcção W.E.
Por vestígios deixados na estrada Belém–Nova Santarém, presume-se que transportavam volumes pesados e que seguiam em direcção ao Monte Chondé.
Um grupo de combate da C. Caç. 4242 e outro grupo de combate do destacamento de Belém, com Guardas Rurais e população armada perseguem pelo rasto o referido grupo inimigo.
Um grupo de Guardas Rurais e população armada perseguiam o inimigo e já fora da nossa zona de intervenção informaram as nossas tropas terem abatido um elemento inimigo, após troca de tiros na região de Nova Santarém. Foi capturada uma granada de mão defensiva. Na refrega o inimigo feriu um elemento da população de Conguer.
In História da C. Caç. 4242