domingo, 22 de dezembro de 2019

BOAS FESTAS DE NATAL E MUITAS FELICIDADES PARA O ANO 2020

1. Avelino Teixeira enviou a seguinte mensagem: Para todos os camaradas  e familiares festas felizes  e um bom ano 2020. Um forte abraço para todos.

2.Joaquim Capelas enviou a seguinte mensagem: Velhos camaradas e amigos. Vão daqui os votos de um Natal feliz e um ano novo cheia de êxitos, com muita saúde, paz e alegria. Um abraço.

3. Moreira Nunes, o nosso Capitão, enviou a seguinte mensagem: Agradeço e retribuo os votos de Boas Festas. Um abraço amigo.


4. Milton Mota enviou a seguinte mensagem: 
Camaradas, mais um ano está a chegar ao fim. Espero que tenham passado com paz e alegria, e que 2020 seja melhor. são os meus sinceros votos.
 Aproveito para comunicar que o próximo almoço convivio da C.CAÇ. 4242 será no dia 11 de julho de 2020. Será novamente só com os ex.militares da nossa companhia e familiares. Em breve informo o local e restaurante onde nos reuniremos.
       Um abraço a toda a familia  C.CAÇ. 4242.





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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Encontro de amigos

Olá camaradas da C. CAÇ. 4242.
Aqui estou para comunicar a todos que, após procurar pelas Gafanhas, consegui encontrar o nosso amigo ADELINO CONDE SALVADOR, ex- 1º cabo apontador de morteiro do 1º pelotão.
Salvador e Mota. O primeiro era apontador
 de morteiro. O outro era de armas pesadas.
Jovens que eram, homens que são.
Eles e muitos outros serviram Portugal.
Está de boa saúde, encontrando-se emigrado nos EUA desde 1978, com toda a família.
No próximo convívio vai tentar estar presente.
Aqui vai uma foto que tirei com ele. Como estamos diferentes desde que saímos de Mandimba.
Um abraço a todos os companheiros e família da C. Caç. 4242.
Milton Mota


   

sexta-feira, 12 de julho de 2019

A vida e a morte do militar "Sevilhano"

A História da vida e da morte do soldado "Sevilhano" [António Cunha Fernandes] conta-se em poucas palavras. Natural de uma aldeia do norte - como a maioria dos militares da companhia -, cedo foi mobilizado para servir no Ultramar. Integrado na C. Caç. 4242 foi direitinho a Mandimba, no Niassa, uma localidade perdida entre Nova Freixo [Cuamba] e Vila Cabral [Lichinga], junto à fronteira com o Malawi e perto do lago Amaramba. Especialdade: padeiro…de noite cozia o pão que cada grupo de combate haveria de levar no dia seguinte para operações no mato. E ainda o pão que os outros colegas militares consumiam no dia-a-dia no quartel. Eram umas boas centenas de pães que diariamente o Sevilhano cozia. O forno localizava-se no quartel de Mandimba, de onde ele nunca saía para o mato em operações, pois o seu mister assim o exigia. Mas naquele mês de Julho de 1974, enquanto os cabecilhas de Lisboa e os cabeças de ar condicionado das regiões militares não resolviam o rumo do cessar-fogo, a sua má sina chegara. Na sua primeira saída do quartel, em destacamento de pelotão para a zona do Munhehere, perto de Belém e em missão de padeiro naquele destacamento, uma mina traiçoeira ceifa-lhe a vida, assim como a do cabo Oliveira.
Foto do álbum do Castro
que mora na Trofa
Não me sai da cabeça pensar que todas as noites o soldado Sevilhano riscaria no ferro da cama ou na parede da caserna os dias que faltavam para acabar a comissão e cada dia que passava era menos um dia para o regresso a casa. Depois dormia. Mas naquele fatídico dia 15 de Julho de 1974 o sono foi eterno. Equívocos da guerra colonial! Mas a história de guerra do soldado Sevilhano tinha imensos equívocos - sem equívocos não se escreve a história. Se ele pudesse ter riscado tantos dias quantos os dos seus companheiros, apenas seriam necessários 60 dias. E passaria umas semanas em Nampula e outras tantas na Beira aguardando embarque para casa.
História verdadeira da autoria e responsabilidade do director do blogue

segunda-feira, 13 de maio de 2019

CONVÍVIO 2019 CART 2764 e CCAC 4242



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domingo, 12 de maio de 2019

CONVÍVIO 2019

EIS A PRIMEIRA AMOSTRA DO CONVÍVIO 2019 DAS COMPANHIAS CART 2764 E CCAC 4242

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Convívio 2019 C. CAC. 4242 e C.ART. 2764

AMIGOS E COMPANHEIROS
O CONVÍVIO 2019 É NO DIA 11 DE MAIO, EM OLIVEIRA DO BAIRRO.
O PRAZO DE INSCRIÇÃO TERMINA A 6 DO CORRENTE.
TELEFONA JÁ PARA OS ORGANIZADORES, NÃO DEIXANDO PARA A ÚLTIMA DA HORA.
BOA VIAGEM E SAUDAÇÕES PARA TODOS.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

O nosso 25 de Abril foi a 26

Os militares da C. Caç. 4242 que renderam em 1972 a Cart 2764, estavam aquartelados em Mandimba, Niassa, algures entre Nova Freixo (Cuamba] e Vila Cabral (Lichinga).
No dia 25 de Abril de 1974, estranhamente, não eram emitidos programas na Rádio Clube Moçambique. Era transmitida apenas música clássica.
Nesse dia ouvíamos informações de uma rádio da África do Sul, anunciando que houvera um golpe de estado em Lisboa.
Confrontado o inspector da Pide em Mandimba - o sr. Ferrão -, este limitou-se a dizer em tom ameaçador: "depois não se queixem que estão com azar".
O nosso 25 de Abril foi a 26. Só no dia seguinte surgiram informações da revolução dos cravos em Lisboa, que para nós seria um acelerador do nosso regresso à Metrópole, embora não fosse assim tão linear:
"Na 5ª feira do dia 25 de Abril de 1974 continuámos o caminho pela linha do caminho de ferro [Belém - Catur] a fim de detectar uma possível travessia do inimigo [Frelimo], mas as buscas foram infrutíferas. É de salientar a atitude do 1º cabo nº 1183/72, pela maneira como respondeu, fortemente, de pé, ao fogo do sentinela inimigo, afirmando ele que lhe atirou 3 tiros, relativamente perto, atingindo-o, certamente
" (extracto do relatório da operação de Juma a Namicoio Velho)
In História da C. Caç. 4242

Estes ex-militares, passados 45 anos, ainda hoje se encontram  anualmente para reviver laços de amizade e facetas da vida que não se esquecem. Este ano é novamente em Oliveira do Bairro, no dia 11 de Maio, onde estarão presentes os nossos companheiros da CART 2764 que nos antecederam naquelas paragens
Inscrevam-se até ao dia 6.
Até lá um grande abraço para todos, com fraternidade e amizade.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

CONVÍVIO 2019

Está para breve o convívio 2019 que vai juntar uma vez mais os militares da C. CAÇ. 4242 e C.ART. 2764.

Confiram as datas do evento e da inscrição, e participem.

Para os que por alguma razão não receberam a carta, eis a convocatória:


quarta-feira, 3 de abril de 2019

Mensagem do Mota


Almeida,
Aqui envio algumas fotos do 1º encontro de alguns dos ex-militares do C.CAÇ.4242, que se realizou na casa do Mota, há muitos anos.
Até dia 11/5.
Um abraço.
Mota

quinta-feira, 28 de março de 2019

Acção em Minhomar

Dia 29MAR1974 saímos do aquartelamento cerca das 5 horas com destino a Nova Freixo. Pelas 7,30h, na região de Minhomar, encontrámos elementos da população e Guardas Rurais que nos fizeram alto. Tendo-me apeado a fim de me inteirar do que pretendiam, fui informado da existência de minas colocadas pelo IN na picada. Imediatamente tomei as seguintes medidas de segurança: uma secção comandada pelo 1º Cabo Batista, montou segurança às viaturas; outra secção comandada pelo 1º Cabo Ernesto Echaco, dirigiu-se comigo para o local onde estavam as minas a fim de montar a segurança na proximidade. Deparei com uma mina A/C e outra A/P meio à vista. Seguidamente fiz a picagem na periferia das minas, verificando não existir qualquer outro engenho explosivo, tendo, no entanto, avistado, a cerca de 2 metros da mina A/C, estilhaços de uma mina A/C e fragmentos de carne humana e sangue. Suponho que este engenho explosivo, muito semelhante à mina implantada na picada, tenha sido accionado pelo IN quando da sua montagem.
Depois de tomadas as medidas de segurança que se impunham, levantei as minas A/C e A/P, à distância, com o auxílio de uma corda improvisada. Seguidamente neutralizei a mina A/P, ficando a mina A/C por neutralizar por falta de meios de destruição. Esta ficou fora da picada, à espera de meios para a sua neutralização, vindos de Mandimba.
Devido a avaria no Rádio, resolvi, pelas 10,30 h, prosseguir com a coluna para Nova Freixo, deixando o 1º Cabo Batista, o soldado Carvalho e os Guardas Rurais a guardar as minas, enquanto não chegavam os reforços de Mandimba. Aproveitando a passagem de uma viatura civil, mandei nesta o Soldado Moutinho com o fim de informar o nosso CMDT COMP.
Às 12 horas chegámos a Nova Freixo. O regresso deu-se por volta das 18 horas, chegando ao local onde tinha deixado os dois militares pelas 20 horas. Aí aguardei os reforços de Mandimba que chegaram pouco depois. Após a neutralização da Mina empreendemos o regresso ao Quartel de Mandimba.
In “História da Unidade” – C CAÇ 4242

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Quintal do José João

Eu e o José João no seu quintal no antigo  Casal Ventoso.
 Apanhei umas couves para o caldo verde e recordamos tempos de há 45 anos quando militávamos na C. Caç. 4242 em Mandimba, Niassa , Moçambique.
O José João perguntou se me lembrava de um facto que nos aconteceu e de que foi protagonista:  

"O 1ª Pelotão iniciou uma operação de segurança à população do Munheere que, fustigada pela Frelimo, ameaçara abandonar a aldeia.
No dia seguinte, de manhã, um civil de ginga e muito ofegante, trouxe a notícia de que passara um grupo da Frelimo junto `à aldeia de Mucossola e que tinham dado um tiro na barriga de um civil capturado por eles para servir como carregador e que fugira.
Dividi o grupo de combate em dois, deixei um Cabo a comandar os que ficaram e parti com nove elementos, incluindo o José João de transmissões e julgo que o Cabo Figueiredo como enfermeiro.
Chegados a Mucossola verificamos o civil ferido que estava com as vísceras de fora. O enfermeiro pôs-lhe gaze e fez-lhe uma ligadura enquanto comunicávamos com o Tabefe a solicitar evacuação de helicóptero. Surgiram vários elementos da população armados de mauser e, ao dizer-lhes que iriam connosco atrás dos turras começaram a descartar-se ora dizendo que tinham dores no cabeço ora na barriga.
Mandei-os formar, dei-lhes uma sarabanda, deixei o Figueiredo e um soldado que já não me recordo quem, a coordenarem aquela gente, para improvisar um heliporto e manter segurança ao helicóptero.
Os restantes sete iniciaram a perseguição ao grupo IN, que se dirigia ao monte Mcongo, eu próprio, o Cruz (com um morteiro 60), o Lamego e o José João com o Racal, mais três soldados africanos de que me recordo do nome de dois: o Assane e o Rufino Amanse.
Estivemos debaixo de fogo das 13H00 às 13H20. Atiramos morteiradas, mas como cada um normalmente só levava uma granada, nunca poderiam ter sido dez.
Quando debandaram saímos da zona de fogo rastejando à retaguarda. Mandei o João José montar o Racal que, por não querer subir às arvores para dispor a antena pagou ao Assane para o fazer.
Falei com o Alferes Roxo que me disse ter poucos efectivos e que me deu ordens para que regressássemos.
Íamos nós regressar ao Quartel e dizer que tínhamos tido uma emboscada de 20 minutos e não ter nada que o provasse? Isso é que era bom. Avançamos em linha e capturamos o material que está referenciado e que demonstra que os sete vieram bem carregados.
Reconheço as dificuldades que possam ter os historiadores mas… tenham paciência.
No caso concreto não consegui levar nenhum guarda rural, nem mesmo dizendo-lhes junto ao ferido, que mais tarde viemos a saber ter morrido a bordo do helicóptero, que os turras tinham ferido seu irmão e que precisavam de ter castigo. Nem um para amostra.
 Simas "

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

MANDIMBA, 21 DE MARÇO DE 1973

Militares da C. Caç. 4242 - escolta 
em modo de relaxe
No domingo passado os turras colocaram 4 minas na linha férrea de Nampula-Vila Cabral, que passa em Belém, a cerca de 40 km de Mandimba. O local onde os engenhos explodiram pertence à nossa zona de acção. Eram 4 minas ligadas mas apenas rebentou uma que atingiu a última carruagem, provocando o descarrilamento do comboio, ferindo dois soldados e um furriel. Apanharam um grande susto os militares de uma companhia que vinha da Metrópole e que ia para Nova Coimbra, no Niassa.
Diário de um militar da C. Caç. 4242