domingo, 30 de abril de 2023

ALMOÇO-CONVÍVIO C. CAÇ. 4242

Alertam-se todos os companheiros da companhia que tem por lema XEQUE-MATE: O convívio está marcado e tem como organizador vitalício o MILTON MOTA. Apontem nas vossas agendas o dia 17 de junho do corrente ano. É no restaurante MAURÍCIO em Aguim, Mealhada,Anadia. Não sabem onde é? Perguntem ao Mota ou aguardem que eu envie mais tarde a geolocalização através de coordenadas. Marcações através do telemóvel do Mota 962871880. Segue anexo a ementa. Abraço deste vosso servo. Psícola

quinta-feira, 20 de abril de 2023

DIÁRIO DO MILTON MOTA 2

Cá estou novamente para continuar a contar como vi a minha (nossa) passagem por Moçambique. Depois de sairmos da Beira só escrevi novamente a 3-12-72 à Solene. Aí descrevi a viagem de Nampula até Mandimba que levou praticamente 2 dias. Saímos após o almoço de Nampula naquelas camionetas de carga gigantes a apanhar sol ou chuva e muito pó. Já noite, chegamos a Ribaué, empoeirados e esfomeados, ninguém nos esperava, pelo que o nosso jantar foi uma sopa mal-amanhada. Se para jantar não havia nada muito menos para dormir. No dia seguinte, pela manhã, seguimos viagem até Nova Freixo, porcos e mal cheirosos, pó e chuva não faltou, mas a curiosidade pela paisagem que nos rodeava fazia-nos esquecer o desconforto da viagem. Chegados a Nova Freixo fomos apresentar-nos ao batalhão que nos irá dar o apoio logístico durante o tempo que estivemos em Mandimba.
Pelo meio da tarde partimos para Mandimba, onde iríamos chegar já noite dentro (aqueles 150km de picada para mim não foram nada fácil). No quartel de Mandimba fomos encontrar militares exaustos já com 30 meses em terras de Moçambique. Naquela primeira noite, para nós, em Mandimba ninguém dormiu, pois aqueles que fomos render de tanta alegria por regressar a Portugal não mais se calaram. Milton Mota

quinta-feira, 6 de abril de 2023

Hoje é dia de festa na aldeia


Fui convidado por um chefe duma povoação [Mepuína] para uma festa que durou todo o santo dia. Professam a religião muçulmana e celebram o início de um novo ano. Tudo começa com uma cerimónia numa espécie de capela. Seguidamente formam dois grupos: homens de um lado e mulheres do outro. Começa então a dança ritual que consiste em gestos e movimentos em roda. Os excessos deste tipo de festas terminam com a alegria e êxtase provocado pela “cabanga” – uma espécie de aguardente.
Diário de um militar da C. Caç. 4242