quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

BOAS FESTAS E FELIZ ANO 2018

1. Mensagem do Niza:Caros Camaradas,
O "Condutor Niza" vem por este meio desejar a todos os amigos ex-combatentes, um Feliz Natal e um Próspero Ano 2018!
Imagem intercalada 1
Grande Abraço do
Joaquim Cebola (Niza)

2.Mensagem de Moreira Nunes - o nosso Capitão:Caro Almeida
É com emoção que vos desejo Boas Festas e um Feliz Ano de 2018
Bem hajam
Um abraço
Moreira Nunes

3.Mensagem de Ana e Miguel Simas: Caro amigo e mui digno Diretor do blog CCAÇ4242.
As minhas melhores saudações natalícias.
Caso esta minha comunicação mereça a honra figurar no blog que superiormente diriges agradecia a sua publicação.
A todos os “resistentes” da CCAÇ 4242 bem como às suas Exmas Famílias, desejamos um Feliz Natal e Próspero Ano de 2018,
com votos de que nos encontremos todos, pelo menos por mais uma vez, no próximo convívio.
Um abraço sentido a todos.
Ana e Miguel Simas.

4.Mensagem do SimãoPara os bravos rapazes que partilharam comigo as longínquas terras de Mandimba, e suas famílias, votos de FELIZ NATAL e um  Ano de 2018 com muita saúde  e amor.
Forte abraço a todos e até 2018 em Oliveira do  Bairro
  Luis Simão


5.Mensagem do Roxo: A todos os companheiros e respectivas famílias
Votos de Boas Festas de Natal e Ano Novo.
Um grande abraço
Adérito Roxo

6. Mensagem do DelfimA todos os companheiros da Ccaç 4242 MANDIMBA desejo a todos Feliz Natal e um ano Novo muito feliz. Não se esqueçam do Natal de 1972 comendo sardinha enlatada .
Abraços a todos.
DELFIM RODRIGUES Rio de Janeiro.

7.Mensagem do Azevedo: Para a família da CCAÇ. 4242/72, seus familiares e amigos, votos sinceros de um natal cheio de coisas boas, mas sobretudo, repleto de felicidade, de carinho e muito amor.
Forte abraço

8.Mensagem do Avelino Teixeira: Feliz Natal e próspero Ano Novo para toda a família da c cac 4242.

domingo, 26 de novembro de 2017

CONVÍVIO COM A C. CAÇ. 2764


Camaradas
Aproxima-se mais um aniversário da nossa saída (28/11/1972) de Figo Maduro com destino a Moçambique-MANDIMBA. Aí fomos encontrar a C.CAÇ 2764 que já desesperava para regressar a PORTUGAL, pois já tinha 29 meses em terras de Moçambique.
Chegámos já noite. Aí encontrei o meu amigo e primo ex-furriel Helder Luzio. Beberam-se umas Laurentinas, ouvi algumas dicas para poder sobreviver nas matas do Niassa onde íamos passar os próximos dois anos. Entretanto fez-se dia e os militares da CART 2764 rumaram para Portugal. 
Nunca mais se soube nada desses camaradas, pelo que chegou a hora de nos voltarmos a encontrar para recordar os tempos ali passados.
Esse encontro será no dia 27 de Maio de 2018, num almoço a efectuar no restaurante da residencial ESTÂNCIA  em OLIVEIRA DO BAIRRO.
Está marcado, não faltes. Marca no calendário esta data, 27 de maio de 2018.
     Um abraço para toda a familia da C.CAÇ 4242
                                  M. MOTA

sábado, 11 de novembro de 2017

SÃO MARTINHO

10NOV1972 – Campo Militar de Santa Margarida -

(…) Na 3ª feira à noite fomos à feira da Golegã, no mini do Saramago Leite, beber uma água-pé. Amanhã vai lá o Tomás papar mais uma jantarada e a Gertrudes cortar uma fita.

Segundo novas informações iremos para Marrupa. É no Niassa, numa zona mais operacional do que Mandimba, zona que inicialmente nos estava destinado. A certeza só a teremos quando chegarmos. A partida para Moçambique está agendada para as 21 horas do dia 28 de Novembro - uma 3ª feira, num boeing 707 dos TAM. A viagem do campo militar de Stª Margarida até Figo Maduro será efectuada em autocarros, ao escurecer, para que ninguém veja mais uma manada de carne para canhão a partir para aquele longínquo império.
Diário de um militar da C. Caç. 4242


Silva disse:
Boa tarde.
Lembro-me perfeitamente deste dia na Golegã à noite.
A água-pé era de 14 graus e fez os seus efeitos. Lembro-me do Azevedo entrar para o carro empurrado por alguns de nós (não me lembro quem), pois não se tinha em pé.
Junto onde tínhamos o carro vivia um homem que costumava vir aqui a Espariz vender hortaliças, melão etc., do qual o meu pai era cliente.

Eu conheci-o e cumprimentei-o e na conversa falou-se em ir à adega, quando ele respondeu ao ver assim o Azevedo:

Pode ser quando quiserem, mas hoje já não bebem mais, já têm a vossa conta.

Outra coisa.

Estou a pensar numa coisa para o Natal.

No Meponda não havia uma escola construída em cimento muito arranjadinha e não estava lá um policia que era algarvio e se chamava Pincho?

Eu tenho uma fotografia tirada o dia 24 de Dezembro de 1973 à porta de armas com alguns rapazes do 3º pelotão, e tenho impressão que era uma saída para o Meponda, embora não conste na História da Companhia.

Confirma-me se te lembrares que seria mesmo o Meponda e o policia seria mesmo Pincho.

Um abraço

SILVA

Moreira Nunes (cap.) disse:
Olá Almeida, 
É  com uma saudade enorme quando vejo recordar um forte sentimento de amizade passados tantos anos de um convívio nem sempre agradável.
Como é do conhecimento de todos continuo a viver na Ilha da Madeira e estarei sempre disponível para vos receber.
As deslocações ao Continente são ou de trabalho ou para visitar a família que ainda tenho no Porto.
O ano que passou não me foi possível estar presente no almoço anual da ccaç 4242.
Bem hajam pela vossa dedicação.
Um forte abraço do 
Moreira Nunes.


Miguel Simas disse...
Não fui no Mini do Jaime Leite mas da viajem do 707 dos TAM não me safei. Saímos de Lisboa pelas 22H30 e cerca das 06H30 fizemos escala em Luanda. Pela janela do avião vi um PM. da força aérea de calções e de camisa esbargalada. Disse para mim "aquele já está apanhado pelo clima". Quando deito a perna fora do avião parecia que estava entrando numa estufa de ananases, Disse cá para mim "vou deixar os ossos em África". Quis Deus que não. Gostei da presença do Capitão Nunes. Acho que deveria ser mais activo neste blogue. 



Um abraço para todos.

Azevedo disse:
A água pé fez-me realmente mal, mas há mais um pormenor: o senhor do café por já farto de nós, deu-nos ordem de expulsão. Eu estava realmente em mau estado, mas o resto da equipa também!... 
Abraços do Azevedo. 

Azevedo voltou a dizer:
Era realmente o Pincho. Um polícia do recrutamento da província, mas algarvio. Um dia, eu,o psícola e outros fomos lá almoçar peixe seco que tinha sido pescado no lago local. Ele quando se ia abastecer à 4242, ficava muito bem tratado e eu que o diga!!... 

Mota disse:
Recordo essa ida à Golegã mas eu fui no carro do Almeida (vago) .
A ida foi pacífica mas o regresso a Sta Margarida foi bastante preocupante pois as curvas da estrada, demasiado fechadas para a velocidade a que se ia, era para fechar os olhos, que na verdade já não estavam muito abertos.
De Sta Margarida também recordo a caserna dos cabo milicianos onde eu não podia dormir com os habituais jogadores de lerpa toda a noite a jogar e de vez em quando lá iam dando um tirinho de salva para me acordar, mas como eu não ligava a essas provocações acabavam por desistir e o jogo continuava.
                     Um abraço do amigo Mota a toda a família da C.CAÇ 4242

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

EPISÓDIOS DA MINHA MISSÃO EM ÁFRICA

EPISÓDIOS DA MINHA MISSÃO EM ÁFRICA – É o título do livro escrito por D. Eurico Dias Nogueira, Arcebispo Primaz, primeiro Bispo de Vila Cabral (1964-72), segundo e último de Sá da Bandeira (1972-77).
(...) A pide investigou esta carta, através de destacado terrorista da Frelimo, Subchefe da Zona B, distrito de Mandimba.
(...) mande pelo portador um garrafão de cinco litros de vinho, para festejarmos o próximo aniversário do início da nossa luta.
...
 O Bispo de Vila Cabral também tinha medos. Numa viagem de táxi aéreo para Mandimba, junto ao Malawi, ao aterrar, já a baixa altitude, “sentimos forte estremeção, que julguei ser causado por um golpe de vento. Em terra verificámos que houvera o impacto de um projéctil, furando uma asa”.

Para ler o texto completo clicar aqui 

sábado, 14 de outubro de 2017

A ladroeira


“(…)
- Hoje temos uma saída em força para o mato. Há tempos que tal não acontecia: uma companhia em peso, numa operação que nos poderá trazer um louvor, não por parte do comandante de batalhão, mas do comandante de sector. Vocês lembram-se quando ele aqui esteve…
- Ora, foi na altura em que melhor se comeu: até champanhe foi servido. E não se pagou nada – referiu o "Bernardo".
- E vocês a darem-lhe no custo das refeições. Eu e o primeiro-sargento fazemos o que é possível…
- Mas quanto é que tu [capitão] e o primeiro-sargento metem no bolso com as refeições dos praças, dos sargentos e nossas? – ripostou o "Cancela."
- Deixa-te dessas merdas. Tu é que és o gerente da messe [dos oficiais].
- Pois, estás à espera de ensacar mais! Não te basta a gasolina que vendes aos civis?!...
- Meus senhores – disse o capitão, a rematar a conversa, com um sorriso sarcástico: - o que interessa é que vocês vão para o mato. Não estejam com conversas da treta. Despachem-se. As berliets estão quase prontas e vocês devem estar no mato o mais rápido possível.
Fez-se silêncio. Parece que o frango começava a ficar atravessado no estômago de cada um.
(…)”
In "Cancela tropa - O Uivo da DGS" - Uma história (quase) real da C CAÇ 4242

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

32º CONVÍVIO C. CAÇ. 4242 - DISCURSO DO SIMAS

(...) Fará este ano, lá para Novembro, 45 anos, em que um punhado de rapazes saiu de Santa Margarida, em autocarros com destino ao aeroporto de Figo Maduro, de onde partiria num avião Boeing 707, da FAP, a caminho da Beira (Moçambique) com escala em Luanda.

Na bagagem levávamos a nossa grande força de viver e a esperança de regressarmos vivos e sãos, coisa que a alguns, infelizmente, não veio a acontecer(...)


PARA LER O TEXTO COMPLETO CARREGUE AQUI

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Antes de cessar fogo

EXTRACTOS DE RELATÓRIO IMEDIATO
03JUL1974 - Ontem pelas 16,00 h o Grupo de Combate Galo, estacionado na povoação de Munhehere, neutralizou uma mina AP em região coordenadas 1351.3557, detectada por elementos da população armada.
06JUL1974 - Um grupo da Frelimo raptou hoje duas mulheres e duas crianças perto da povoação do Juma, tomando a direcção do rio Lugenda.
O mesmo grupo implantou 3 minas AP, em trilho próximo da mesma povoação.
Nossas tropas do Grupo GE inicia perseguição ao mesmo grupo.
As mulheres e as crianças que o grupo inimigo havia raptado, apresentaram-se na povoação do Juma.
O mesmo grupo retirou em direcção ao monte M`congo, tendo deixado implantadas 5 minas AP no trilho, próximo à referida povoação.
Guarda Rurais neutralizaram as referidas minas.
O Grupo inimigo estimado em 50 elementos deve permanecer junto ao monte Mecongo.
As nossas tropas da C. Caç 4242 do grupo GE seguem amanhã, iniciando a batida ao referido Monte.
Da História Oficial da C. Caç. 4242

sábado, 24 de junho de 2017

MENSAGEM DO SIMAS - 32º CONVÍVIO

ATENÇÃO COMPANHIA.
FIRME!!!!!!

Comunicado de última hora.

Pelo presente se informa que o Furriel Simas e a Furriela Ana, já têm em seu poder, a “Guia de Marcha” para participarem na operação “Cantanhede” desde o passado dia 10 de Maio.
No próximo dia 01 de Julho, à hora aprazada (11H00), estaremos no local que nos vier a ser indicado para o início das hostilidades.
Oxalá que a nossa prontidão e disponibilidade sirva de incentivo para mobilizar os CCAÇs da 4242 para a referida operação.
Um abraço a todos e… até lá.

Miguel M. Simas

quarta-feira, 21 de junho de 2017

32º CONVÍVIO DA C. CAÇ. 4242

Informação complementar do director do blogue:
OS ORGANIZADORES SÃO O MOTA E O SANTOS.
Apela-se a todos que se inscrevam o mais cedo possível e, no máximo, até à véspera do encontro.
Hora de concentração: 11 horas
Boa viagem a todos.


sexta-feira, 2 de junho de 2017

32º CONVÍVIO DA C. CAÇ. 4242

Caros companheiros e companheiras, aproxima-se o nosso convívio anual.
Será o 32º  encontro de militares e seus familiares.
Marquem no vosso calendário o dia 1 de Julho do corrente ano.
O local será brevemente anunciado - algures na picada entre Coimbra e Cantanhede.
Organização de Milton Mota e Joaquim Santos.
Até breve
Um abraço
Almeida Psícola

CLICAR EM BAIXO
https://www.youtube.com/watch?v=u_wq6HlDYVc

quarta-feira, 17 de maio de 2017

GLOSSÁRIO TRANSMISSÕES

Bravo Hotel - Alferes
Bravo Juliet - Capitão
Maique (Mike)- Momento, Mina
Tango - Tropa
Lima - Lugar, Coordenada
November Tango - Nossas Tropas
Victor - Viatura
Charlie - Caminho de Ferro
PEDTRAM - Pedido de Transporte Aéreo

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Nadir, Nadir, Nadir

NADIR 123 - 19JUN1974 -GATO
Patrulha moto até Namuaia seguido de nomadização entre o rio Luchete, rio Lugenda, rio Lissimba e linha do caminho de ferro, com montagem de emboscadas nos trilhos de possível passagem do inimigo, por 5 dias.
Militares da C. Caç. 4242
preparados para uma saída
NADIR 124 - 21JUN1974 -GALO
Batida na região entre o rio Lassalumué e linha do caminho de ferro com montagem de emboscadas no trilho Muambico. Lançamento de pessoal na ponte do rio Luchímua e recolha na Cantina Viegas, por 5 dias.
NADIR 125 - 23JUN1974 - ROLA
Patrulha moto até Melolo, seguido de batida à serra Samba e serra Iapane, com montagem de emboscadas ao longo da fronteira do Malawi

terça-feira, 25 de abril de 2017

O nosso 25 de Abril foi a 26

Na tarde de 23ABR1974 fomos informados por um guarda rural que nessa madrugada um grupo IN tinha assaltado as machambas de Juma. Devido à hora tardia não pudemos efectuar a perseguição nesse dia. 
No dia seguinte, pelas 6 horas da manhã, iniciámos a perseguição do rasto deixado pelo IN. O rasto era pouco visível devido à formação utilizada (em linha) e aos inúmeros rios encontrados durante o percurso. Pelas 14 h suspeitámos da proximidade de uma base IN pelo cheiro a fumo de milho cozido. Como o capim era alto e a natureza do solo rochoso, não foi possível detectar o posto avançado da sentinela sem sermos vistos.
Durante ½ hora houve troca de tiros de ambas as partes, tendo o IN utilizado por três vezes o morteiro 61 antes de retirar, embora essas granadas tenham caído perto das NT, não causando, no entanto, feridos. Seguidamente entrámos no acampamento do IN, ficando alguns elementos a fazer a recolha do material na precipitação da fuga dos guerrilheiros da Frelimo e a destruição de 20 palhotas e 2 celeiros ali existente, enquanto a outra parte das NT fazia a perseguição da força inimiga que disparava em várias direcções por entre o capim bastante alto. Pelo rasto de sangue encontrado deduz-se que houvesse um ferido grave, sendo este o sentinela do posto avançado que primeiramente abriu fogo sobre nós. O número provável de elementos seria de 10 guerrilheiros e 5 mulheres, sendo o chefe da base um tal Eugénio Agia, conforme carta encontrada na palhota do mesmo.
Possivelmente alguns elementos IN ter-se-ão posto em fuga completamente nus, pois encontravam-se a descansar nas palhotas quando foram surpreendidos e tinham a roupa a secar. Pelas 18 h chegámos à linha do CF, aproximadamente a 3 km do acampamento de Namicoio Velho.
Na 5ª feira, dia 25 de Abril continuámos o caminho pela linha férrea a fim de detectar uma possível travessia do IN, mas as buscas foram infrutíferas. É de salientar a atitude do 1º Cabo Indala Vali, pela maneira como respondeu, com eficácia, de pé, ao fogo do sentinela IN, afirmando ele que lhe atirou três tiros, atingindo-o.
Resultados obtidos: 1 ferido confirmado; 2 mina A/P TMD 6; 5 GMD mod. F1; 1 granada armadilhada de fabrico desconhecido; 2 carregadores de Kalashnikov, 3 porta granadas; 5 pentes c/ munições; 1 cantil; fardamento diverso e cobertores; 2 caldeiros grandes; destruição de 20 palhotas e 2 celeiros cheios.
In História da Companhia C. Caç 4242

quarta-feira, 29 de março de 2017

Acção da Frelimo no Niassa

Tal como em Cabo Delgado, as dificuldades de comunicações, o acidentado do terreno, a baixa densidade das forças portuguesas e a fraca presença de colonos facilitaram a acção da Frelimo [no Niassa], que alargou a sua acção para sul na direcção de Meponda e Mandimba, para atingir o Malawi,
com a intenção de descer para Mecanhelas de modo a alcançar a Zambézia e ligar-se a Tete. Por outro lado, estendeu ao mesmo tempo a sua acção para leste, em direcção a Marrupa, para chegar a Cabo Delgado.
in http://www.guerracolonial.org/home

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Por volta das 5 chegaram a Belém

(…) Por volta das cinco horas chegaram a Belém. Houve a informação de que o comboio passava dali a quinze minutos. Foram tomadas as posições: os GE seguiram à frente da locomotiva, os restantes na carruagem da cauda.
Era uma hora da tarde quando todos se apearam. O grupo de combate “Rato” dividiu-se em quatro secções, pelos pilares da ponte.

Após as precauções tomadas, o grupo “Rato” inspeccionou toda a passagem do rio Luchímua, pelo interior da ponte, nada detectando. O comboio passou e lançou, quilómetros acima, os grupos “Lobo” e “Rato”. O “Gato” avançou pela margem sul do rio. Passados que foram 30 minutos, foi feita uma pausa, tendo o Cancela mandado chamar o guia.
- Temos de ir em direcção aos montes Checulo, mas seguindo a margem do rio Luchímua, ouviste?
Pausa e um olhar expectante do guia, um ex-turra, ao serviço da DGS (Pide).
- Percebeste o que queremos?
Novo silêncio.
- Ò porra, nós queremos ir para os montes Checulo…Estás a compreender?
- Meu alferes – disse o cabo Constantino, um negro de educação europeia – ele não fala português! …Se me permite vou falar com ele em Macua.
- Tenta lá, porque esta merda já me está a cheirar mal.
E o cabo Constantino tentou…
Passados uns momentos:
- Meu alferes, ele não fala Macua mas sim Ajáua! (…).

História extraída de “Cancela Tropa – O Uivo da DGS”
(Escrito por um militar da Companhia de Caçadores 4242, que prestou serviço militar em Mandimba, Niassa, Moçambique, nos anos de 1972/74)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Xeque mate

Emblema da C. Caç. 4242,
desenhado pelo João Macedo, Furriel 
No sentido figurado, xeque mate indica o momento em que alguém está numa situação constrangedora, quando recebe um ultimato e deve tomar uma decisão para seguir um caminho ou perder alguma coisa. Nesse momento a pessoa está a receber um xeque mate. Em inglês, a expressão xeque mate é traduzida por checkmate
 Wikipédia

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

OPERAÇÃO NARCEJA

NARCEJA 24 - 19NOV1973- LINCE
Nomadização na região entre o rio Lugenda e rio Lissimba, com montagem de emboscadas no rio Lissimba, por 3 dias.
Castro
Um dos rios referidos no
 relatório de acção. Foto do álbum
do Castro que mora na Trofa
NARCEJA 25 - 19NOV1973- COBRA
Nomadização na região entre o rio Lissimba, rio Luchímua e rio Nalenge, com montagem de emboscadas no rio Lissimba, por 4 dias.
NARCEJA 26 - 22NOV1973- LOBO
Nomadização na margem sul do rio Luchímua, na região de confluência com o rio Chitembuela e montagem de emboscadas, por 4 dias.
NARCEJA 27 - 24NOV1973- LINCE
Nomadização na região da serra Checulo, com montagem de emboscadas na região entre o rio ...(elegível)... e o rio Luchímua, por 3 dias.
NARCEJA 30 - 28NOV1973- COBRA
Nomadização na região do rio Luchímua, rio Lissimba e rio Nalange, com montagem de emboscadas no rio Luchímua, por 3 dias.
História da Companhia, pag. 59