MOSCA TSÉ TSÉ

Caros companheiros da C.CAC. 4242, da CART 2764, do destacamento de Belém, do batalhão de Nova Freixo (Cuamba), lanço um repto à vossa memória: Na picada Mandimba, Belém, Nova Freixo, Mutuáli, Malema, Ribaué até Nampula, quem se lembra de ter passado, junto a Mutuáli, dentro de um túnel, um pequeno túnel, tendo no arco de entrada os caracteres MCT? Não resisto e transcrevo do livro NIASSA, de Francisco Camacho, pág. 85, a explicação cabal deste enigma: “(...) era mesmo um túnel. Um túnel curto, mas um túnel. Fred parou o carro a uns metros daquela construção inesperada, ficando a contemplar o arco da entrada com as iniciais MCT gravadas na pedra. Quando me preparava para abrir a boca, já Fred traduzia num tom professoral: Missão de Combate à Tripanossomíase. Nos anos cinquenta, esta era a zona do mundo com maior incidência de doença do sono e isto era uma câmara de desinsectização. Gente, gado ou carro que viesse do lado do Niassa tinha de passar ali dentro e era pulverizado com um químico para matar a mosca tsé tsé. Doença lixada, essa, matou para aqui mais gente (…).”