O seu nome é Paulino; tem doze anos. Nasceu no Vuende, Tete, e a sua história é curta: uma manhã a mãe disse-lhe: -
Hoje não vais à escola. Vem comigo à machamba, onde o teu pai está a trabalhar. Saíram ambos, sós, da sua aldeia. Poucos metros adiante, Paulino tinha uma mina a estoirar-lhe debaixo dos pés. Quando, tempos depois, chegou o helicóptero militar para o transportar ao hospital de Tete, foi um jovem sem duas pernas quem entrou no aparelho.
(De um panfleto do exército português de acção psicológica)
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