sábado, 19 de outubro de 2024

O regresso dos Soldados

O regresso dos Soldados da C. Cac. 4242, algures, entre Mandimba e Nampula a caminho da Metrópole. Uma longa jornada. Abraço para todos os militares do Xeque Mate nos 50 anos de regresso daquelas terras a Levante do Lago Niassa, lá onde os rios Rovuma e Lugenda confluem, as terras do fim do mundo.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Faleceu o nosso companheiro JOAQUIM BENTO FERREIRA LEITE

Comunico a triste notícia do falecimento do nosso companheiro de armas Joaquim Bento Ferreira Leite, ex-soldado da C. CAC. 4242. Esta informação foi veiculada pelo Azevedo.

sábado, 1 de junho de 2024

FALECEU O NOSSO COMPANHEIRO E AMIGO JOÃO TEIXEIRA MACEDO

É com consternação que comunico que faleceu o nosso companheiro e estimado amigo João Teixeira Macedo com quem enfrentámos muitas dificuldades e partilhámos muitas alegrias. Os que com ele conviveram sabem-no bem. Ficamos mais pobres. Deixo aqui algumas fotos como lembrança. De lembrar também que o Macedo foi o autor do design do nosso emblema : C. CAC. 4242 - XEQUE MATE e também do emblema da c. cac. 4243 que connosco formou companhia em Abrantes com destino a Moçambique. Na foto de grupo o Macedo é o que está à direita. Ficamos mais pobres. Em nome de todos os companheiros da C. CAC. 4242 manifesto as nossas sentidas condolências à família. O FUNERAL SERÁ AMANHÃ, DOMINGO, COM MISSA ÀS 10,30 Horas, NA IGREJA DE S. JOÃO DE DEUS, PRAÇA DE LONDRES, LISBOA.
AVELINO TEIXEIRA enviou a seguinte mensagem: Sentidos pêsames para seus familiares; onde estás estaremos contigo. JORGE AZEVEDO enviou a seguinte mensagem: Todos nós, os CCAC 4242, estamos de luto. Sentimentos à família e paz à sua alma. ADÃO BRAGA enviou a seguinte mensagem: Hoje é um triste para mim ao saber que faleceu o ex furriel Macedo; temos que aproveitar um dia de cada vez, aos poucos vamos todos mas é a lei da vida; os meus mais sentidos pêsames a toda a família. Um abraço para todos os companheiros e os que vão estar presentes até dia 15. OSVALDO BORGES enviou a seguinte mensagem: Os meus pêsames para a Família. Paz à sua Alma! SILVA JOSÉ (Gordinho) enviou a seguinte mensagem: Condolências a toda a família; um abraço a todos camaradas. Condolências a família e amigos um abraço a todos camaradas. MÁRIO PINTO VEIGA enviou a seguinte mensagem: Condolências à família e amigos; um abraço a todos camaradas. BELÉ envou a seguinte mensagem: Estou muito triste; as minhas condolências à família. MILTON MOTA enviou a seguinte mensagem: Adeus camarada.Partiste mas a tua presença irá manter-se nos convívios dos camaradas da C. CAC 4242. JAIME SARAMAGO LEITE enviou uma mensagem de condolências à família mas não encontro o texto. ALMEIDA PSÍCOLA enviou a seguinte mensagem: Hoje na missa do funeral do João Macedo o padre disse: "UM HOMEM SÓ MORRE QUANDO É ESQUECIDO PELAS OUTRAS PESSOAS" e também disse: "HOJE É UMA DATA PARA CHORARMOS COM LÁGRIMAS OU CHORARMOS SEM LÁGRIMAS". A LURDES, esposa do JOÃO MACEDO pede-me que agradeça a todos os camaradas que enviaram condolências. Perdoem-me alguma mensagem que aqui não foi referida. Podem ler também no fim do blog onde diz "comentários". Até breve. Abraço.

terça-feira, 21 de maio de 2024

15 DE JUNHO DE 2024 É O ALMOÇO CONVÍVIO DA C. CAC. 4242

Alertam-se todos os companheiro da C. CAC. 4242 e familiares que o almoço convívio em 2024 é no dia 15 de junho no mesmo local do ano transato. Marquem nas vossas agendas e inscrevam-se. O organizador é o Milton Mota (962871880). Esta comunicação é oficial, não havendo convites nem cartas individuais. Cada um passe a palavra. Gratos a todos. Passem bem e até lá um abraço.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

O NOSSO 25 DE ABRIL FOI A 26

O nosso 25 de Abril foi a 26. Os militares da Companhia Independente C. Caç. 4242, a que este vosso amigo teve a hora de pertencer, estavam aquartelados em Mandimba, Niassa, na fronteira com o Malawi, algures entre Nova Freixo (Cuamba] e Vila Cabral (Lichinga), Moçambique entre 1972-1974, a defender a Pátria na Pátria dos outros. No dia 25 de Abril de 1974, estranhamente, não eram emitidos programas no Rádio Clube Moçambique. Era transmitida apenas música clássica. No entanto conseguíamos ouvir informações de uma rádio da África do Sul, anunciando que houvera um golpe de estado em Lisboa. Confrontado o inspetor da Pide em Mandimba – o feroz sr. Ferrão, este limitou-se a dizer em tom ameaçador que os boatos pagavam-se caros. O nosso 25 de Abril foi a 26. Só no dia seguinte surgiram informações da revolução dos cravos em Lisboa, que para nós seria um acelerador do nosso regresso à Metrópole, embora não fosse assim tão linear enquanto não cessasse o fogo, facto que aconteceu apenas no mês de agosto e o nosso regresso fosse apenas em outubro. Honra e glória a todos os antigos combatentes.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

Guerra subterrânea

No Niassa, nas estradas que irradiam de Vila Cabral para para Metangula, Nova Viseu ou Tenente Valadim, as minas, associadas à quase inexistência de vias, ao clima chuvoso e ao terreno ravinado, junto ao lago transformaram os movimentos necessários à sobrevivência das tropas e ao seu emprego em combate em operações de grande duração e desgaste, que esgotavam só por si as suas capacidades e lhes retiravam a iniciativa
É ainda em Moçambique que se regista o maior emprego de minas por parte das forças portuguesas. O general Kaulza de Arriaga, em carta ao ministro da Defesa, Sá Viana Rebelo, em 29 de Janeiro de 1973, solicitou o fornecimento de 150 000 minas anti-pessoais para Cahora Bassa e um milhão para interdição da fronteira norte, junto ao rio Rovuma.
Num ponto de situação feito ao comandante-chefe, em Vila Cabral, foi referido que na zona do Niassa, em 1972, os guerrilheiros haviam realizado 412 acções, das quais 223 foram colocação de engenhos explosivos (54 por cento do total). Destas, 78 foram accionados pelas forças portuguesas, que sofreram 43 mortos, 51 feridos graves e 151 feridos ligeiros(…)

http://www.guerracolonial.org


sábado, 16 de dezembro de 2023

BOAS FESTAS DE NATAL E FELIZ ANO 2024

PARA TODOS OS MILITARES DA C. CAC. 4242 E SEUS FAMILIARES - PARA TODOS OS MILITARES DA CART. 2764 E SEUS FAMILIARES - PARA TODOS OS MILITARES DO DESTAC. DE BELÉM -
São os votos deste vosso amigalhaço Almeida Psícola. - Jorge Azevedo enviou a seguinte mensagem: - "Agradeço e retribuo os votos expressos, com votos de muita saúde e das maiores felicidades para toda a família CCAÇ 4242/72. Abraço amigo do Azevedo e família." - - Avelino Teixeira enviou a seguinte mensagem:- “camaradas cá estou mais um ano para vos desejar um santo e feliz Natal junto dos vossos familiares e que o próximo ano vos traga muita saúde: um forte abraço para todos e no próximo ano voltaremos a encontrar-nos."- - Joaquim Capelas enviou a seguinte mensagem: - "Também para todos camaradas da CC4242, votos de um feliz Natal, com muita saúde, alegria e paz, e que o ano novo venha vos dar ânimo, coragem e que seja repleto de bênçãos. São os desejos deste camarada, sempre ao dispor." - - Moreira Nunes (o nosso capitão) enviou a seguinte mensagem:- "Agradeço os votos de BOAS FESTAS. Para todos os camaradas da CCAC 4242 vai um forte abraço e os votos de um BOM NATAL e um feliz NOVO ANO DE 2024." - - Ana Cebola enviou a seguinte mensagem: - "Boas Festas e Feliz Ano Novo para vocês todos ....Nisa 4242." - Luís Marque enviou a seguinte mensagem: "Desejo a todos os meus camaradas e familiares da c,cac4242 mandimba um santo Natal e um feliz ano novo com muita saúde e paz e alegria a todos um grande abraço". - .- Miguel Simas enviou a seguinte mensagem: - "Daqui, do meio do Atlântico, também desejo umas Boas Festas de Natal a todos os camaradas da CCAÇ 4242, extensivas às vossas famílias e um próspero ano de 2024 com muita saúde. E até ao próximo dia 14 de junho!!! Miguel Simas ".

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

ADEUS. ATÉ AO MEU REGRESSO.

HÁ 51 ANOS - como se tivesse sido ontem, nunca mais esquecerei a partida dos militares da minha companhia C. CAC. 4242, rumo a Moçambique, já naquele longínquo ano de 1972 – há 51 anos. Terminada a instrução no campo Militar de Stª Margarida, logo a malta se condoeu com a sua triste sina: - Coitados! Lá vai mais uma manada de carne para canhão.Na ingenuidade dos nossos verdes anos, acreditávamos que “a Pátria sempre presta a devida homenagem aos seus melhores” mas... A partida de Stª Margarida para o aeroporto Figo Maduro foi de certa forma fugaz e dissimulada. Partimos em autocarros civis de passageiros, ao entardecer, direitinhos para o avião. Sim, nos últimos anos da guerra colonial os militares iam de Boeing das Forças Armadas – aviões comprados à TAP (os americanos já não vendiam a Portugal). Não me lembro de haver familiares na despedida daqueles soldados. Não me lembro de ver alguma entidade superiora na despedida, como acontecia na viagem de barco, com partida da Rocha do Conde de Óbidos: “Sinto no vosso semblante a alegria de irem servir a Pátria” (António Lobo Antunes). Partimos para Moçambique na noite de 28 de novembro de 1972, rumo à Beira, depois Nampula e finalmente Mandimba, Niassa, na fronteira com o Malawi, onde permanecemos quase 2 anos. "A viagem de Nampula até Mandimba levou praticamente 2 dias. Saímos após o almoço de Nampula naquelas camionetas de carga gigantes a apanhar sol ou chuva e muito pó. Já noite, chegamos a Ribaué, empoeirados e esfomeados, ninguém nos esperava, pelo que o nosso jantar foi uma sopa mal-amanhada. Se para jantar não havia nada muito menos para dormir. No dia seguinte, pela manhã, seguimos viagem até Nova Freixo, porcos e mal cheirosos, pó e chuva não faltou, mas a curiosidade pela paisagem que nos rodeava fazia-nos esquecer o desconforto da viagem. Chegados a Nova Freixo fomos apresentar-nos ao batalhão que nos irá dar o apoio logístico durante o tempo que estivemos em Mandimba.Pelo meio da tarde partimos para Mandimba, onde iríamos chegar já noite dentro (aqueles 150km de picada para mim não foram nada fácil). No quartel de Mandimba fomos encontrar militares exaustos já com 30 meses em terras de Moçambique. Naquela primeira noite, para nós, em Mandimba ninguém dormiu, pois aqueles que fomos render de tanta alegria por regressar a Portugal não mais se calaram" (Milton Mota). Honra, glória e louvor aos militares da Companhia de Caçadores Independente 4242! Abraço deste vosso amigo Almeida Psícola

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

1º Castro discursando em 2008 num convívio da Companhia à qual ele tinha muito orgulho em pertencer.

Miguel Simas enviou a seguinte mensagem: Bom amigo o nosso Sargento Castro! A última vez que nos abraçamos foi em Vizela. O Santa Clara jogou lá num dia de manhã, pelas 10H30, e ele sabendo que eu lá estaria deslocou-se de Guimarães para nos encontrarmos antes do jogo. O encontro foi curto pois que estava com pressa para ir à missa com a família. Contudo foi uma manifestação de amizade que jamais esquecerei. Descansa em paz caro amigo!

domingo, 24 de setembro de 2023

Esclarecimento do Milton Mota

História da C.CAC 4242 Como é habitual, o nosso camarada Almeida lá vai de vez em quando relembrando e descrevendo alguns momentos da nossa estadia em terras do Niassa, conforme descritos na história da companhia. Calhou a vez da minha operação no Munhehere ser descrita. A versão descrita foi feita pelos operacionais da caserna que estavam mais preocupados em fazer as contas como poderiam ficar com o dinheiro dos GEs( verbas referentes a alimentação). Ao chegar ao Munheher fui informado pelo Régulo que grupo da FRELIMO era comandado por um branco mas com os olhos em bico ( asiático) . Iniciei a preceguicao do grupo IN na direção indicada pelo Régulo. Passadas 2 horas de caminhada foi detetada uma MAP, (9,15h) a qual neutralizei. Mas junto a um arbusto a uma distância de mais de 2 metros da mina neutralizada estava outra MAP a qual foi ativada pelo Rentino, enfermeiro do meu grupo, ficando sem o pé no momento. Prestados os primeiros socorros por mim, iniciei o pedido de evacuação por heli que não foi possível devido a avaria do rádio que fazia a ligação terra -ar. Dei início ao regresso a povoação do Munhehere onde cheguei às 12,30h onde já estava o heli á espera. Resumo da operação: 1 ferido grave, o Rentino, sem um pé e parte da perna, um ferido ligeiro o Milton Mota, com estilhaços de madeira na cara. Nesta operação só intervieram o furriel Milton Mota e mais 10 operacionais do GEs 401. Como o Rentino aguentou 3,15h á espera de evacuação? Não sei, pois embora consciente não falou mais. Por mim fiz o que pode com a coragem dos 22 anos e com o lema um por todos e todos por um, que decerto não era o lema de quem descreveu esta operação. NOTA FINAL: Até ao final da comissão nunca mais fui acompanhado por um enfermeiro quando ia para o mato. Milton Mota